MILÃO E BRUXELAS, 9 MAR (ANSA) – A Defesa Civil da Itália anunciou nesta segunda-feira (9) que o número de mortos no país em decorrência do novo coronavírus subiu para 463, um aumento de 97 vítimas em relação ao último balanço. Segundo o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli, a quantidade de pessoas contaminadas aumentou mais 1.598, totalizando 7.985 casos de infecções. A maior parte das vítimas tinha idade avançada, entre 55 e 101 anos, e sofria de outros problemas de saúde. Ao todo, a doença já infectou 9.172 pessoas, incluindo 724 indivíduos já recuperados. Até o momento, existem 4.316 pacientes internados com sintomas, 733 em terapia intensiva e 2.936 em isolamento domiciliar.   

A região mais atingida continua sendo a Lombardia, no norte da Itália, com 5.469 casos positivos. Do total de contágios ativos, 2.802 estão hospitalizados e 440 pacientes foram colocados em terapia intensiva.   

Neste final de semana, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, assinou um decreto que coloca em isolamento a Lombardia, cuja capital é Milão, e 14 províncias de outras quatro regiões, incluindo Veneza, por causa da epidemia. Entre as medidas há a proibição de entrada e saída nesses territórios. Além disso, há restrições para bares e restaurantes. Museus e pontos turísticos foram fechados. A princípio, as restrições serão válidas até o próximo dia 4 de abril. O Ministério do Interior também disponibilizou um formulário para as pessoas que pretendem entrar ou sair das áreas colocadas em isolamento pelo governo – Pádua, Treviso e Veneza, no Vêneto; Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia e Rimini, na Emilia-Romagna; Pesaro e Urbino, em Marcas; e Alessandria, Asti, Novara, Verbano-Cusio-Ossola e Vercelli, no Piemonte.   

Durante a coletiva hoje, o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, por sua vez, ainda anunciou que o governo italiano decidiu encerrar todas as atividades das estações de esqui do país a partir de amanhã (10).   

Mais cedo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a “ameaça de uma pandemia” do novo coronavírus “se tornou muito real”. “Agora que o coronavírus se espalhou para muitos países, a ameaça de uma pandemia se tornou muito real”, afirmou durante coletiva de imprensa em Genebra. De acordo com Ghebreyesus, apesar de tudo, esta “seria a primeira pandemia da história que poderia ser controlada”. Até o momento, a doença já matou quase 4 mil pessoas e contaminou outras 110 mil no mundo inteiro. (ANSA)