O presidente da Empresa de Pesquisa Energético (EPE), Luiz Augusto Barroso, defendeu nesta quinta-feira,10, a realização de leilões simultâneos de geração e transmissão e também leilões concatenados voltados para a viabilização de novas usinas e de novas linhas de transmissão, com menor prazo de tempo possível entre eles. O objetivo, salientou, é evitar novos problemas como já verificados, de usinas de energia ficarem prontas mas sem que o acesso ao sistema a transmissão esteja disponível. “O problema que se quer evitar é que projetos ganhem, mas não tenham reforço de transmissão associado, o que cria descasamento entre geração e transmissão”, disse.

No caso dos leilões simultâneos, a ideia seria que os agentes de geração possam se responsabilizar por implantar a expansão da transmissão em prazo “oportuno para aumentar a capacidade de acomodação de novos projetos de geração”.

Já no segundo caso, uma das possibilidades avaliadas é a realização de um leilão de geração com a assinatura de contratos de fornecimento de energia condicionada à viabilização da solução de escoamento. Os contratos seriam assinados rapidamente para usinas localizadas em áreas em que há margem de escoamento na rede atual, mas para as usinas em que é necessário viabilizar uma conexão com a rede de transmissão, o contrato só seria assinado após o projeto de concessão ser leiloado. “Caso contrário os contratos não seriam assinados”, disse Barroso, salientando que haveria um esforço para a licitação ocorrer em um intervalo curto de tempo.

O próximo leilão de energia de reserva (LER), marcado para dezembro, já prevê que projetos localizados em áreas que possuem gargalos de escoamento de energia, como Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, não poderão ser contratados.


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