Enviado dos EUA se diz ‘satisfeito’ com resposta do Líbano ao seu pedido para desarmar o Hezbollah

Um enviado americano se declarou, nesta segunda-feira (7), “satisfeito” com a resposta das autoridades libanesas ao seu pedido de desarmar o movimento Hezbollah, enfraquecido após sua guerra com Israel.

“Estou incrivelmente satisfeito com a resposta” do Líbano, declarou Tom Barrack à imprensa, após uma conversa com o presidente Joseph Aoun.

Aoun, eleito há seis meses com o apoio dos países ocidentais, se compromete a garantir que o Estado tenha o monopólio das armas no país.

“Estamos criando um plano de futuro. Para criá-lo, precisamos de diálogo. O que o governo nos deu foi algo espetacular”, disse Barrack, que qualificou a posição das autoridades libanesas como “muito responsável”.

Por sua vez, a Presidência indicou que Aoun transmitiu ao emissário americano “ideias para uma solução global”.

O enviado americano destacou que o Hezbollah é também um “partido político” e deve perceber que tem “um futuro” no país.

Barrack também advertiu o Líbano que “ficará para trás” se não seguir a tendência de mudança na região, tomando como exemplo a vizinha Síria, que, segundo ele, iniciou um “diálogo” com Israel.

“O diálogo começou entre a Síria e Israel, da mesma forma que o Líbano deve reinventar o diálogo”, declarou.

Da mesma forma, Barrack se reuniu com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, aliado da formação pró-iraniana, que afirmou que no encontro foram “levados em conta os pedidos do Hezbollah”.

O chefe do Hezbollah, Naim Qasem, afirmou, no domingo (6), que sua formação não vai “capitular” nem entregar suas armas sob ameaça.

Também acrescentou que Israel deve aplicar primeiro o acordo de cessar-fogo que pôs fim à guerra entre ambas as partes em novembro de 2024, em particular retirando-se dos territórios que ainda ocupa no Líbano.

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