Enviado da ONU pede libertação de pessoal detido pelos rebeldes huthis no Iêmen

O enviado da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, se encontrou neste domingo (26) em Omã com um dirigente dos rebeldes huthis e pediu a libertação do pessoal da entidade que está detido no país.

Segundo um comunicado de seu escritório, Grundberg conversou em Mascate com “dirigentes omanitas de alto nível” e com Mohamed Abdel Salam, porta-voz do grupo rebelde apoiado pelo Irã.

“Discutiram a recente detenção arbitrária de membros adicionais do pessoal das Nações Unidas, que se somam aos muitos outros já detidos pelo Ansar Allah”, precisou o texto.

Em seu comunicado deste domingo, Grundberg reiterou “a posição firme do secretário-geral da ONU, condenou vigorosamente essas detenções e pediu a liberação imediata e incondicional de qualquer membro do pessoal da ONU, assim como de empregados de organizações não governamentais internacionais e nacionais, membros da sociedade civil e missões diplomáticas retidos desde junho de 2024, assim como os detidos em 2021 e 2023”.

A ONU denunciou na sexta-feira que sete de seus trabalhadores no Iêmen foram presos pelos rebeldes huthis, que já retêm dezenas de funcionários dessa instituição e de outras organizações humanitárias.

Os huthis, apoiados por Teerã e aliados de movimentos como Hamas e Hezbollah, controlam amplas regiões do Iêmen, incluindo a capital, Saná.

Após mais de uma década de guerra civil, este país situado no sul da Península Arábica enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

As novas prisões ocorreram depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para incluir os rebeldes do huthis do Iêmen na lista de “organizações terroristas estrangeiras”.

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