03/12/2024 - 15:18
O influenciador digital Paulo Kogos (União Brasil-SP), de 37 anos, foi nomeado ao cargo de assessor da Presidência da Câmara Municipal de São Paulo, de acordo com Diário Oficial do dia 27 de novembro. O youtuber é conhecido por se apresentar como “Javier Milei Paulista” e se denominar como “tradicionalista de extremíssima direita”.
De acordo com o Diário Oficial, Kogos ocupará o cargo de assessor do presidente do colégio de líderes. A função dá ao influenciador a possibilidade de fazer uma assessoria técnica que reúne os representantes das bancadas para debater a pauta de votações.
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Paulo Kogos concorreu para o cargo de vereador nas eleições municipais de 2024 mas não conseguiu ser eleito. O influenciador integra o União Brasil, mesmo partido de Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo e responsável pela nomeação do youtuber.
A disputa para vereador não foi a primeira vez que Kogos almejou um cargo no Legislativo. Em 2022, o influenciador concorreu para deputado estadual de São Paulo, mas não foi eleito, recebendo pouco mais de 33 mil votos. De uma eleição para a outra, o patrimônio declarado do youtuber saltou de R$ 22 mil para R$ 67 mil.
Paulo Kogos colecionou polêmicas ao se posicionar de forma contrária à vacinação e se apresentar publicamente com roupas e o penteado de Javier Milei, presidente da Argentina. Durante as eleições municipais, o influenciador adotou a faixa presidencial do país vizinho e deixou o cabelo e as costeletas crescerem para emular o visual do chefe de estado.
O youtuber é defensor do libertarianismo e reivindica a diminuição extrema do Estado para a adoção de um “capitalismo radical”. Kogos também é adepto do catolicismo sedevacantista, que não reconhece a autoridade do Papa Francisco.
O influenciador ainda é autor do livro “O mínimo sobre Anarcocapitalismo”. Atualmente, o perfil no X (antigo Twitter) de Kogos está suspenso, mas há registros de postagens em que o youtuber defende o “pleno direito” de civis de constituírem milícias, endossa mensagens contra imigrantes e chama o Papa Francisco de “maçom fantasiado”.
*Com informações do Estadão
