Campeã europeia há dois anos, a Holanda sonha em disputar sua primeira final de Copa do Mundo de futebol feminino, mas antes medirá forças com a tradicional Suécia, nesta quarta-feira em Lyon na segunda semifinal da Copa da França.

Graças ao inesperado título europeu conquistado em casa em 2017, a Holanda conta na Copa do Mundo da França-2019 com um enorme apoio da torcida ‘Laranja’, que viaja em massa para acompanhar sua seleção.

“Na Eurocopa, ninguém tinha grandes expectativas. Mas, depois que vencemos, conquistamos muito apoio no país. Desde então, todo mundo nos vê como campeãs do mundo, o que coloca muita pressão em nós”, afirmou na segunda-feira em coletiva de imprensa a atacante Vivianne Miedema.

“Não jogamos nosso melhor futebol na primeira fase, mas ganhamos e estamos no caminho certo”, completou.

De fato, esta semifinal entre Holanda e Suécia parece mais uma recompensa ao futebol pragmático do que espetacular.

O nível técnico apresentado pela Holanda na fase de grupos recebeu duras críticas internas. “Ganhamos a Eurocopa e, desde então, temos muita visibilidade, as críticas da imprensa fazem parte do jogo”, justificou a técnica Sarina Wiegman.

Em termos de resultados, a semifinal da Copa do Mundo já é um sucesso para a Holanda, que conquistou assim a vaga nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em sua história.

– Mertens sofre com dedo do pé –

A Holanda espera agora repetir o resultado de dois anos atrás, quando derrotou a Suécia por 2 a 0 nas quartas de final da Eurocopa, gols de Lieke Mertens e Miedema.

Mertens, porém, não estará 100% fisicamente se foi capaz de jogar nesta quarta-feira, incomodada por um problema em um dedo do pé que a persegue há vários jogos.

“Lieke está lesionada há um bom tempo. Após a partida contra o Japão (nas oitavas), teve mais problemas com o dedo, mas pôde jogar contra a Itália. O dedo está lesionado, mas não piorou, espero que possa jogar”, declarou Wiegman.

Do outro lado do campo estará uma equipe sueca sem grandes estrelas, mas que novamente se aproxima do título. As escandinavas, que nunca ganharam uma Copa, foram finalistas em 1991, 2003 e 2011.

A Suécia surpreendeu nas quartas de final a bicampeã mundial Alemanha (2-1), atual campeã olímpica e sempre favorita ao título no futebol feminino.

Como nas oitavas de final contra o Canadá (1-0), foi a jovem Stina Blackstenius, de 23 anos, que anotou o gol da vitória da Mannschaft.

O técnico Peter Gerhardsson lamentou a ausência da atacante Fridolina Rolfö, suspensa por acúmulo de cartões, mas não adiantou quem irá entrar em seu lugar.

Gerhardsson se mostrou feliz em poder enfrentar a Holanda, criadora do estilo que o fes se apaixonar por futebol na infância.

“Em 1974, quando em tinha 15 anos, assisti ao jogo Holanda-Alemanha Ocidental (final Copa do Mundo masculina), um dos melhores momentos futebolísticos da minha vida. Sempre fui fascinado por Joham Cruyff e pelo futebol holandês. Será uma bonita semifinal”, declarou.

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