Conseguir o momento certo para se consolidar na Seleção Brasileira move quem está na Copa América. Já classificada para a próxima fase da competição, a equipe, que faz neste domingo, às 18h, contra o Equador, seu último jogo pelo Grupo B, conta com atletas com olhares e vivências diferentes na luta por subir mais um degrau até se firmarem na lista final da Copa do Mundo de 2022.

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Em ascensão, com 11 jogos e cinco passes para gol, o lateral-esquerdo Renan Lodi recorre à intuição para conseguir dar respostas imediatas inclusive quando sai do banco de reservas.

– Quando começo no banco, procuro estudar o que está acontecendo dentro do campo, para poder jogar nem que seja dois ou três minutos. Até pegar o ritmo de um jogo muito quente, demora cinco, dez minutos para fazer sua jogada – disse.

A variação de posicionamento proporciona novos desafios. Atuando na Seleção de maneira mais avançada do que no Atlético de Madrid, Lodi também conta com companheiros para o ajudarem na marcação.

– Quando fico quase como um ponta, temos o Casemiro, o Douglas Luiz, pessoas que possam me cobrir. Na Seleção eu tenho essa liberdade de ir para o ataque, porque quando você vai e olha para trás, você vê um companheiro para te cobrir – declarou o lateral.

Já o meio-campista Lucas Paquetá tem um pouco mais de bagagem na Seleção Brasileira. O jogador de 23 anos diz que o fato de Tite saber o que cada jogador pode desempenhar é preponderante para a equipe canarinha.

– Acho que o Tite não pede nada que já não tenhamos feito nos clubes. Jogar como volante, até mesmo aberto pela direita, são coisas que já fiz pelo Flamengo e pelo Milan, até pelo Lyon. Ele sabe das nossas características. Me sinto muito à vontade para ajudar da maneira que seja. Espero continuar fazendo meu melhor, ajudando meus companheiros e a Seleção.

O fato de ter o Mundial do Qatar ao horizonte é visto com tranquilidade por quem quer se firmar. Campeão da Copa América de 2019, Paquetá destaca a nova etapa do seu aprendizado na Seleção.

– Acho que não só eu, mas todos os jogadores estão na briga por seu espaço na seleção. Estar sendo mais utilizado na Copa América faz parte de um processo. Na primeira eu vim, treinei, peguei experiência, conquistamos aquele título. Tudo serve de aprendizado para que você possa entrar e fazer seu melhor quando solicitado – e ressaltou:

– Com esse pensamento, já é uma preparação e um sonho de jogar a Copa do Mundo – completou.

Renan Lodi, por sua vez, evita queimar etapas. O espaço no Mundial do Qatar será consequência.

– Eu não estou pensando na Copa do Mundo. Estou pensando em fazer o trabalho na Seleção. Prefiro fazer meu trabalho na humildade, passo a passo, porque assim eu vou ter oportunidade de um dia ter o nome presente na lista da Copa do Mundo – declarou.

Com olhares diferentes, a busca de cada um por mostrar serviço contribui para a Seleção.