Dos 212 deputados federais que não declaram ao Placar do Jornal O Estado de S. Paulo como devem votar a respeito da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), 161 votaram favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado, o que representa cerca de 75% dos parlamentares. O porcentual seria ainda maior, de 79%, se considerar que 21 dos 212 parlamentares não votaram no processo de afastamento da petista.

Além dos indecisos e dos que não quiseram revelar seus posicionamentos, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), declarou à reportagem que vai se abster do voto, e Giovani Cherini (PR-RS) disse que estará ausente. Os dois votaram pelo afastamento de Dilma.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não precisa votar. Aliado de Temer, Maia também votou pelo afastamento da então presidente no ano passado.

Entre os que atualmente não revelam o voto, três se abstiveram da votação de impeachment e 27 votaram contra o processo, à época.

Procurados pela reportagem, 190 deputados dizem votar a favor da denúncia – isto é, contrários a Temer -, 110 votarão contra a admissibilidade da acusação e 212 não revelam o voto.

A admissibilidade da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) será votada nesta quarta-feira, 2, no plenário. Para que ela seja aceita, são necessários 342 votos favoráveis a sua admissibilidade. O Planalto, porém, já avalia que a acusação contra o presidente deve ser barrada com facilidade.

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