Os jovens de Uruguai e Reino Unido poderão residir por até dois anos no outro país graças a um acordo que entrou em vigor nesta quinta-feira (1º), que lhes permite trabalhar, estudar ou fazer turismo, anunciaram as autoridades.

A cota anual é de 500 cidadãos para cada país, e o visto especial será concedido por ordem de aplicação. Os candidatos devem ter entre 18 e 30 anos e ter meios financeiros para se sustentar. Não há exigência de idioma ou habilidades prévias.

“Além de ser valioso para eles mesmos, é bom para ambos os países aproximar suas culturas, se conhecer mais e gerar todo o tipo de oportunidade que depois surgem a partir daí”, disse o chanceler uruguaio Omar Paganini, em um ato com a embaixadora britânica Faye O’Connor.

Após a visita oficial do presidente Luis Lacalle Pou ao Reino Unido em maio de 2022, os dois países destacaram o interesse de promover os vínculos bilaterais em aspectos comerciais, de segurança e culturais.

Este convênio de Férias e Trabalho, assinado em agosto, é o primeiro Programa de Mobilidade Jovem que o Reino Unido firma com um país da América Latina, ressaltou O’Connor.

A embaixadora também destacou o memorando de entendimento firmado no mês passado entre o Birtish Film Institute (BIF, o instituto de cinema britânico) e a Agência de Cinema e Audiovisual do Uruguai (Acau) para promover a colaboração e realizar eventuais coproduções.

O Uruguai, um país de 3,4 milhões de habitantes e população envelhecida, firmou em 2001 o primeiro acordo de mobilidade jovem com outro país nesta modalidade conhecida como Férias e Trabalho (Working Holiday).

O primeiro foi com a Nova Zelândia e depois vieram outros com Alemanha, Austrália, França, Japão, Países Baixos e Suécia, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores uruguaio.

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