Qual é o segredo da felicidade? Segundo os finlandeses, pouca desigualdade, um Estado social forte e que funciona. Ou seja, que possibilite as pessoas acharem o caminho delas, buscar o que têm vontade.

“Tive oportunidades de fazer o que eu quero. Tenho boa educação. Posso criar meu filho de forma segura, eu acho”, diz um morador local.

A Finlândia foi eleita pela sétima vez consecutiva o país mais feliz do mundo.

O ranking, publicado pelas Nações Unidas, leva em conta dados econômicos e sociais, além de generosidade, liberdade e corrupção.

Dinamarca, Islândia e Suécia também apareceram entre os 4 no topo da lista.

“Riqueza é uma coisa. Mas também há a expectativa de vida, muito alta em países escandinavos, ao passo que em outros países ricos, como Estados Unidos, a expectativa está diminuindo em certos segmentos da população“, explica Jan-Emmanuel de Neve, da Universidade de Oxford.

Pela primeira vez em uma década, Estados Unidos e Alemanha não figuram entre os 20 países mais felizes do mundo.

A riqueza é importante. Mas, sobretudo, como a riqueza é distribuída. Na Finlândia, na Dinamarca e outros países escandinavos, a riqueza é distribuída de forma muito mais equilibrada, o que faz com que mais pessoas se beneficiem da riqueza gerada nesses países. Além disso, cada um deles apoia um Estado de bem-estar social que proporciona estabilidade psicológica.

O estudo avaliou que, no caso da Finlândia, o segredo é uma junção de fatores, que também incluem um estilo de vida equilibrado.

Mas há uma outra forma de interpretar essa felicidade toda.

“Eu digo que não é que o governo faça os cidadãos felizes, mas sim que o bom funcionamento do governo é capaz de eliminar muitas fontes de infelicidade”, analisa Frank Martela, especialista em felicidade.

Isso significa que não há mais pessoas extremamente felizes na Finlândia, mas há menos pessoas extremamente infelizes na Finlândia.