Uma onda de desinformação gerou protestos violentos de extremistas anti-islâmicos que atacaram mesquitas e entraram em confronto com as autoridades durante a última semana, na Inglaterra. As ações foram motivadas pelo assassinado de três crianças esfaqueadas em uma aula de dança por Axel Rudakubana, um adolescente de 17 anos, em Southport.

As manifestações tiveram a fomentação e participação de grupos neonazistas, hooligans e anti-islâmicos. Ainda, influenciadores teriam contribuído com a promoção dos protestos violentos. As informações são do “New York Times” e da “Deutsche Welle”.

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Após a onda de protestos, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, prometeu reforçar as forças policiais para suprimir as ações. “Isso não é uma manifestação que saiu do controle. É um grupo de indivíduos que está determinado à violência”, declarou na quinta-feira, 1º.

Ativistas de extrema-direita utilizaram do incidente em que três crianças morreram para protestar contra imigrantes e muçulmanos. Notícias falsas compartilhadas na internet fizeram muitos acreditarem que o suspeito do homicídio era um imigrante ilegal no Reino Unido. Entretanto, o adolescente responsável pelo crime é britânico.

Em Southport, manifestantes atacaram uma mesquita e feriram 50 policiais na terça-feira, 30, com arremesso de tijolos e latas de lixo. No centro de Londres, durante a quarta-feira, 31, 100 pessoas foram presas. Nos dias consecutivos, ações similares foram identificadas em Sunderland, Hull, Leeds, Manchester, Nottingham e Stoke-on-trent, além de protestos também registrados em Belfast, na Irlanda do Norte.

Nas manifestações, foram identificados indivíduos com tatuagens de suásticas nazistas e hooligans, torcedores violentos de futebol associados com a extrema-direita.