Um homem, de 42 anos, residente da zona sul do Rio de Janeiro, teve o diagnóstico confirmado para febre oropouche na quinta-feira, 29. De acordo com a SES-RJ (Secretaria de Estado de Saúde), é o primeiro caso registrado em território fluminense. Há suspeita de que a ocorrência tenha sido importada, pois o paciente possui histórico de viagem ao Amazonas, estado que registra o maior número de infectados.

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O caso do Rio de Janeiro foi confirmado após uma análise realizada pelo INI (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A SES-RJ informou que o homem não precisou ser internado e apresenta uma boa evolução clínica.

No Amazonas foram registrados 223 casos da doenças apenas nas primeiras duas semanas de 2024, contra 424 registrados entre janeiro e dezembro do ano passado. Por conta disso, a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) emitiu um alerta epidemiológico. Em 7 de fevereiro de 2024, a Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) de Manaus registrou a morte de um adolescente, de 15 anos, por febre oropouche.

O que é a febre oropouche?

A febre oropouche é uma arbovirose, ou seja, transmitida por meio da picada do mosquito Culicoides paraense, também conhecido como maruim. A doença tem sintomas muito parecidos com os da dengue e chikungunya.

Os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores (que transmitem a doença), já os hospedeiros são animais primatas e o bicho-preguiça. No ciclo urbano, o ser humano continua sendo o principal hospedeiro.

O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, contados desde os primeiros sinais. A manifestação dos sintomas costuma durar de cinco a sete dias, porém a recuperação pode levar semanas, no total. Os casos atuais concentram-se principalmente em adultos jovens, com idades entre 20 e 59 anos.

*Com informações da Agência Einstein e Agência Brasil