Moradores de Caxias do Sul (RS), na Serra Gaúcha, sentiram tremores de 2,3 graus na escala Richter, conforme a RSBR (Rede Sismográfica Brasileira) durante a madrugada desta segunda-feira, 13. Nas redes sociais, imagens de pessoas fora de suas casas devido ao incidente viralizaram. Os bairros afetados foram Jardim América, Universitário, Madureira e Pio X.

Em contato com a IstoÉ, a Prefeitura de Caxias do Sul informou que os tremores não representam qualquer risco à população. “O que está acontecendo é a acomodação de camadas rochosas subterrâneas, o que já aconteceu no município em outras oportunidades”, afirmou o geólogo Caio Torque, diretor de Gestão Ambiental da Semma (Secretaria do Meio Ambiente) da cidade.

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Conforme o especialista, o fato ocorre devido ao excesso de chuvas que afeta o Rio Grande do Sul, gerando a aceleração dessas acomodações rochosas por conta da lubrificação da água. “Eventos desse tipo não têm poder de destruição, os moradores podem ficar tranquilos. Até agora não detectamos nenhum grande deslizamento de terra nas proximidades de onde foram sentidos”, esclareceu o geólogo.

Os tremores registrados na Serra Gaúcha durante a madrugada desta segunda-feira, 13, se iniciaram às 1h48, com magnitude de 2,4 graus e epicentro na cidade de Bento Gonçalves, conforme a RSBR. Por volta das 3h, a cidade de Caxias do Sul foi afetada por tremores de 2,3 graus na escala Richter.

Ainda segundo a RSBR, o Rio Grande do Sul tem histórico de tremores de terra que variam entre 2,0 e 3,0 graus. Nos últimos dez anos, a região registrou 27 incidentes similares. De acordo com a Prefeitura de Caxias do Sul, o bairro Jardim América já sofreu com tais ocorrências em 2008 e 2010.

O município decretou estado de calamidade pública no dia 2 de maio e, até a segunda-feira, 13, ao menos nove pessoas morreram e uma está desaparecida pelas consequências das chuvas.

*Com informações da Agência Brasil