O Japão pretende pousar o SLIM (Smart Lander for Investigating Moon – Módulo Inteligente para Investigar a Lua) no solo do único satélite natural da Terra durante a tarde desta sexta-feira, 19. O equipamento, que não é tripulado e possui apenas 2,4 metros de altura, 1,7 de comprimento e 2,7 de largura, foi lançado no dia 7 de setembro de 2023, partindo do Complexo de Lançamento de Yoshinobu, na ilha de Tanegashima

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“Da era de ‘pousar onde podemos’ para ‘pousar onde quisermos’”, é o lema definido pela Jaxa (Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa) ao projeto. As expectativas são de que o SLIM seja utilizado para pesquisar qual a tecnologia de aterrissagem necessária para futuras operações de exploração espacial da Lua e do nosso Sistema Solar, além de permitir que missões como essa se tornem mais frequentes.

Além disso, se a operação for bem sucedida, rochas lunares serão coletadas em uma tentativa de desvendar os mistérios acerca da origem do satélite natural. A alunissagem, nome dado ao processo de pouso na Lua, colocaria o Japão em uma lista pequena de países que já conseguiram efetuar missões no astro, como, os Estados Unidos, a antiga União Soviética, a China e a Índia.

O projeto se originou de outra missão, a Selene-B, e foi proposto em 2012. Desde então, passou por vários estudos até o lançamento em 2023. O equipamento entrou na órbita da Lua no dia 25 de dezembro, e completou a fase de preparação para a descida de pouso durante o domingo, 14. Agora, a expectativa é de que a alunissagem ocorra em local próximo à cratera Shioli.

No processo de pouso, a espaçonave irá se aproximar do solo na vertical e se estabilizar após alunissar e permanecer na horizontal. É esperado que a alunissagem ocorra por volta das 12h20 no horário de Brasília.

Apesar das altas expectativas, experiências recentes não são tão favoráveis aos projetos de exploração espacial do país asiático. Em maio de 2023, uma operação similar conduzida pelo Japão em parceria com a companhia privada ispace falhou e o objeto que iria alunissar colidiu com o satélite natural após uma suposta falta de combustível, perdendo o contato com a equipe que realizava a operação.