A pequena Lua Di Felice, de um ano e nove meses, filha dos influenciadores Viih Tube e Eliezer, começou a falar e já se comunica através das palavras, o que é comum nessa fase da vida. Mas algo tão simples, que faz parte da evolução ainda nos primeiros anos de vida, precisou de uma ajuda especializada para se tornar uma realidade para a menina.
A bebê recebeu, desde muito cedo, o acompanhamento de uma fonoaudióloga porque tinha o freio da língua e precisou ser submetida a uma frenectomia, procedimento médico que consiste em realizar um corte do frênulo, um pequeno pedaço de tecido que conecta a língua ao assoalho da boca.
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No caso de Lua, a intervenção foi realizada para auxiliar na amamentação. Na ocasião, Viih Tube compartilhou as dificuldades de amamentar a filha devido a três observações importantes: a adaptação que toda mãe e filha passam no processo; as cirurgias plásticas que a ex-BBB fez durante a adolescência, o que teria alterado a estrutura física natural da mama; e a língua presa da bebê.
Agora, com o nascimento de Ravi, a *Dra. Flávia Puccini, fonoaudióloga que cuidou de Lua, faz alerta sobre os principais cuidados e sinais que podem ser identificados para evitar as mesmas questões que Lua passou.
“Aos 18 meses, espera-se que a criança fale cerca de 50 palavras. Se o vocabulário for muito reduzido – como 10 ou 15 palavras – isso pode indicar a necessidade de avaliação”, diz a especialista.
A Dra. Flávia explica que, entre 1,5 e 2 anos, ocorre um grande avanço, com um vocabulário de 150-200 palavras e a formação inicial de frases.
“Se, aos 2 anos, a criança ainda não forma frases ou possui um vocabulário muito limitado, isso pode ser um sinal de atraso”, enfatiza.
A fonoaudióloga orienta que, para acompanhar o progresso infantil, os pais devem prestar atenção em marcos importantes.
Identificando atrasos na fala
Muitos pais acreditam que a avaliação do desenvolvimento da fala deve ocorrer somente após os 2 anos, mas a Dra. Flávia sugere que a observação deve começar muito antes.
“Se o bebê é muito quieto, não emite sons ou não tenta se comunicar, pode haver algo errado”, avisa.
Quanto mais cedo o atraso é identificado, mais fácil pode ser a correção.
Causas do atraso
As causas do atraso na fala são variadas, incluindo falta de estimulação, problemas auditivos e fatores genéticos.
“Durante as consultas, utilizamos testes e observações detalhadas para determinar a origem do atraso e elaborar um plano de intervenção eficaz”, afirma a especialista.
Dicas para pais
Para estimular o desenvolvimento da fala, Dra. Flávia sugere interações naturais.
“Converse, leia e incentive a nomeação de objetos ao redor. A criança aprende muito mais por meio de exemplos do que pela insistência, aconselha ela.
Criar um ambiente rico em estímulos e interações é essencial.
“Dedicar tempo de qualidade com a criança faz toda a diferença”, completa.
Sinais de alerta
Os pais devem estar atentos a sinais que podem indicar um atraso significativo, como: não balbuciar até os 9 meses, não falar palavras até os 2 anos e não formar frases simples até os 3 anos. Fatores como falta de resposta a estímulos auditivos ou dificuldade em compreender comandos simples também são preocupantes.
Intervenções e apoio
Quando necessário, a intervenção pode incluir terapia fonoaudiológica, e a Dra. Flávia recomenda a colaboração com outros profissionais, como psicólogos e terapeutas ocupacionais.
“Os pais desempenham um papel vital no desenvolvimento da fala em casa, incentivando brincadeiras que envolvam a fala e evitando o uso excessivo de eletrônicos”, orienta.
*Dra. Flávia Puccini CRFa 2-18001 é fonoaudióloga especializada em amamentação e nos cuidados logo nos primeiros meses de vida da criança, e atende pacientes em Campinas/SP.