A modelo e empresária Ana Paula Siebert, de 37 anos, recentemente surpreendeu seus seguidores ao revelar que passou por uma laparoscopia abdominal na madrugada de quarta-feira, 11.

Em seu Instagram, a esposa de Roberto Justus compartilhou uma foto em um leito hospitalar e explicou o motivo de sua ausência nas redes sociais: “Sumida para fazer uma laparoscopia no abdômen! Não é nada grave (por sorte), mas preciso fazer para não correr riscos… Amanhã conto tudo para vocês! Hoje fiquei sob efeito da anestesia geral!”

O procedimento, minimamente invasivo, é amplamente utilizado na medicina para diagnóstico e tratamento de diversas condições que afetam a cavidade abdominal, especialmente na ginecologia.

Entenda a cirurgia a qual Ana Paula Siebert foi submetida

Ao site IstoÉ Gente, a ginecologista Isabela Melo explica que a laparoscopia é uma técnica cirúrgica que utiliza pequenas incisões no abdômen e um laparoscópio — instrumento que permite visualizar os órgãos internos. “Ela é considerada uma cirurgia minimamente invasiva, proporcionando uma recuperação mais rápida e um retorno ao trabalho mais precoce quando comparada à cirurgia convencional aberta”, afirma Isabela.

A ginecologista e cirurgiã ginecológica Émile Almeida ainda explica que a laparoscopia é indicada tanto para cirurgias eletivas — como retirada de úteros, miomas, ovários, e laqueadura tubária — quanto para emergências ginecológicas — como torções ovarianas, gravidez ectópica e abscessos tubo-ovarianos.

“Essa técnica resulta em menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida, menor tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às atividades diárias. Além disso, as cicatrizes são menores e há uma redução na taxa de infecção e nas complicações pós-operatórias”, ressalta.

Isabela destaca que, na ginecologia, a laparoscopia é amplamente utilizada tanto para diagnósticos quanto para tratamentos: “Ela é bastante indicada em casos de endometriose, avaliação de aderências pélvicas, tratamento de cistos ovarianos e obstrução das tubas uterinas. Com o avanço da tecnologia, essa cirurgia também é utilizada em tratamentos de miomas e até em histerectomias”.

Para mulheres que pretendem engravidar no futuro, a laparoscopia é uma opção segura. “Além de permitir uma recuperação mais rápida da atividade sexual, essa cirurgia minimiza os riscos de aderências pélvicas, que podem comprometer a fertilidade”, finaliza a especialista.

E Émile reforça que, em casos de infertilidade feminina, a laparoscopia pode ser uma opção dependendo das condições que impedem a gravidez.

Entretanto, como qualquer procedimento cirúrgico, a laparoscopia também apresenta riscos, ainda que sejam raros quando realizados por profissionais experientes. “Os riscos mais graves incluem lesões em órgãos como intestino, estômago e grandes vasos, além de complicações como hemorragias abdominais ou peritonite”, alerta a cirurgiã. Existem contraindicações absolutas, como pacientes com instabilidade hemodinâmica, além de fatores que podem influenciar no prognóstico, como obesidade ou cirurgias abdominais prévias.