Uma enfermeira da Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi diagnosticada três vezes com Covid-19 em um período de pouco mais de um ano. As informações são do G1, que ouviu um especialista que explica que não é possível afirmar que se trate de um caso de reinfecção.

Giselly Cristina Rousseng Prates Tavares, de 38 anos, foi diagnosticada com a doença pela primeira vez em abril de 2020, ao realizar um exame do tipo RT-PCR, feito pelo Instituto de Análises Clínicas. Nesta ocasião, ela teve sintomas leves da Covid, como dores de garganta e de cabeça.

Em 14 de julho do ano passado, ela foi mais uma vez diagnosticada com a doente, também após realizar um novo teste PCR, desta vez pelo Centro de Genomas. Giselly procurou atendimento após sentir dores mais intensas no peito.

O terceiro diagnóstico para Covid veio no último dia 3, após seu marido testar positivo para a doença em maio. A enfermeira teve sintomas mais fortes dessa vez, como tosse, perda de paladar e falta de ar. Ao procurar o Laboratório de Análises Clínicas do Hospital São Luiz Jabaquara, Giselly teve mais uma vez detectada a doença.

Ao G1, a enfermeira comemorou o fato de já ter recebido as duas doses da vacina contra a Covid, no início do ano. “Nem eu estou acreditando. Ainda bem que tomei a vacina, porque se não tivesse tomado, talvez estivesse em um quadro mais grave, mais perigoso”, disse Giselly.

De acordo com o médico infectologia Marcos Caseiro, ouvido pelo G1, não é possível afirmar que o caso de Giselly seja de reinfecção, pois seria necessário realizar um sequenciamento genético de todas as vezes em que ela testou positivo, para checar se foram vírus diferentes ou se o mesmo vírus ficou mais tempo em seu organismo.

“A gente sabe que o exame PCR pode identificar o vírus até 80 dias depois da infecção, não necessariamente indicando reinfecção”, disse Caseiro.