A Enel Distribuição São Paulo afirma, por meio de nota, que enviou os esclarecimentos solicitados pela Fundação Procon-SP sobre os períodos de falta de energia em sua área de concessão após chuvas. Sobre a demanda do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a companhia afirma que não foi notificada.

Segundo a Enel, com o temporal da última terça-feira, ventos de até 88 km/h foram registrados na área de concessão da distribuidora e mais de 600 árvores caíram na região metropolitana de São Paulo. “A companhia normalizou o fornecimento de energia para praticamente todos os consumidores que tiveram o serviço afetado com esse temporal. Após 16 horas da tempestade, 56% dos clientes impactados tiveram o fornecimentos normalizado”, diz a Enel.

Ainda de acordo com a companhia, o clima no mês de fevereiro fez com que o número de ocorrências na rede elétrica fosse 80% superior em relação ao mesmo mês do ano passado. “Para agilizar o atendimento, a Enel Distribuição São Paulo ampliou em cinco vezes o número de equipes trabalhando nas ruas está semana e duplicou os atendentes do call center”.

O Idec informou ter notificado nesta sexta-feira, 1º, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a Enel São Paulo sobre as seguidas e falhas de distribuição de energia na cidade de São Paulo ocorridas neste ano. A entidade salienta que foi a terceira vez no ano que enviou notificações para as instituições.

Desta vez, a notificação está relacionada à ocorrência da última quarta-feira, 27 de fevereiro, quando bairros ficaram mais de 30 horas sem energia elétrica e os consumidores enfrentaram falhas no atendimento. As outras ocorrências citadas foram em 11 de janeiro, quando uma série de explosões e incêndios atingiu cabos de transmissão na solar na zona sul da capital paulista, e no dia 31 de janeiro, quando houve um apagão na zona leste da cidade de São Paulo e em algumas regiões do ABC, prejudicando um milhão de consumidores.

Já o Procon cobrou informações sobre a média mensal e diária da suspensão ou corte de fornecimento de energia elétrica na capital; quais os motivos da falta do fornecimento de energia e quais ações foram tomadas para reduzir esse número; qual a política adotada nos casos de pedido de indenização feita por consumidores que sofreram danos materiais em decorrência da falha no serviço de fornecimento; quais áreas sofreram suspensão de fornecimento dos serviços nos últimos cinco dias, quanto tempo durou e se medidas preventivas poderiam ter sido adotadas.