O endividamento da Embraer atingiu R$ 13,917 bilhões ao final de março, praticamente estável em relação aos R$ 13,889 bilhões registrados em dezembro de 2017. A companhia encerrou o mês de março com um caixa total de R$ 11,395 bilhões, o que implica uma posição de dívida líquida de R$ 2,521 bilhões – ou seja, piorando ante a posição de dívida líquida de R$ 1,028 bilhão no quarto trimestre do ano passado.

De acordo com a fabricante, o uso livre de caixa foi o principal fator de piora da posição financeira no período.

Ao final do primeiro trimestre de 2018, as dívidas de curto prazo somavam R$ 1,456 bilhão, enquanto o endividamento de longo prazo totalizava R$ 12,461 bilhões.

Considerando o perfil da dívida, o prazo médio do endividamento recuou de 6 anos no fim de dezembro de 2017 para 5,7 anos em março. Nesse mesmo período, a relação do Ebitda nos últimos 12 meses ante as despesas sobre os juros caiu de 2,20 vezes para 1,64 vez.

O custo da dívida em dólar ao final do março era de 5,22% ao ano, comparado aos 5,18% a.a. ao final do ano passado. Já o custo da dívida em reais caiu de 3,72% a.a. em dezembro para 3,40% a.a..

A fabricante de aeronaves terminou o primeiro trimestre com 14% de sua dívida total denominada em reais, ante 15% no encerramento do ano passado. A Embraer reforça que a estratégia de alocação de caixa da companhia continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial.

Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em reais ou dólares, a empresa tenta neutralizar sua exposição cambial. Ao final do primeiro trimestre de 2018, o caixa alocado em ativos denominados em dólares era de 79%.

Para 2018, cerca de 45% da exposição em real está protegida caso o dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,32. “Para taxas de câmbio acima deste nível, a empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,75 por dólar”, diz a Embraer.