A endividada promotora imobiliária chinesa Evergrande informou, nesta segunda-feira (2), que solicitou a retomada das negociações na Bolsa de Valores de Hong Kong, a partir de amanhã, enquanto seu CEO segue sob vigilância policial, suspeito de violar a lei.

As cotações do grupo foram suspensas na quinta-feira, mas a Evergrande pediu sua “retomada” a partir de terça-feira, “3 de outubro de 2023, às 9h”, informou a empresa em um comunicado.

A suspensão ocorreu depois de surgir na imprensa a informação de seu CEO, Xu Jiayin (também conhecido pelo nome cantonês, Hui Ka Yan), está sob vigilância residencial.

Depois, a Evergrande reconheceu que Xu é “objeto de medidas coercitivas por causa de suspeitas de crime, ou delito, violador da lei”, sem dar mais detalhes.

Em geral, o termo “medidas coercitivas” designa na China uma forma de privação de liberdade para garantir a boa condução do processo penal.

No final de junho, a Evergrande tinha uma dívida colossal estimada em 328 bilhões de dólares (R$ 1,66 trilhão na cotação do dia).

A situação de Xu Jiayin ofuscou o futuro da empresa, que esperava finalizar, nas próximas semanas, um plano de reestruturação de sua dívida para evitar a falência.

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