Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK (Reuters) – Endereços chineses de criptomoedas transferiram o equivalente a mais de 2,2 bilhões de dólares em recursos para contas vinculadas a atividades ilegais como fraudes e operações de darknets entre abril de 2019 e junho deste ano, segundo dados da empresa de pesquisa em blockchain Chainalysis, divulgados nesta terça-feira.

Os endereços receberam 2 bilhões de dólares em criptomoedas de fontes ilícitas também, tornando a china um grande mercado para crimes relacionados a moedas digitais, afirma o levantamento.

Entretanto, o volume de transações da China com endereços ilícitos caiu drasticamente ao longo do período analisado em termos de valor absoluto e em relação a outros países, afirmou a Chainalysis. O principal motivo é a ausência de esquemas grandes de pirâmide como o de 2019 que envolveu a carteira digital e bolsa PlusToken, segundo a empresa. Usuários e clientes perderam algo entre 3 bilhões e 4 bilhões de dólares no esquema.

A grande maioria das movimentações ilegais de recursos em criptomoedas na China está relacionado a esquemas de fraude, embora isso também venha caindo, afirma o levantamento.

“Isso ocorre principalmente por causa da atenção criada pelo escândalo da PlusToken, bem como por campanhas de fiscalização do governo na área”, disse Gurvais Grigg, vice-presidente de tecnologia para o setor global público da Chainalysis.

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O levantamento também cita o tráfico para fora da China de fentanil, um narcótico muito potente para tratamento de dor crônica ou dor pós-operatória. A Chainalysis descreve a China como centro do comércio global de fentanil, com muitos fabricantes chineses da droga usando criptomoedas para fazer transações.

Lavagem de dinheiro é outra forma significativa de crime na China que envolve criptomoedas, disse a Chainalysis.

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