Encontro de Lula com Leão XIV é 3º do petista como presidente com Papa

Bolsonaro foi único presidente a não se encontrar com Francisco no mandato

Lula e Janja se reúnem com papa Leão XIV
Lula e Janja se reúnem com papa Leão XIV Foto: Reprodução/Instagram/@lulaoficial

O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Papa Leão XIV no Vaticano, nesta segunda-feira, 13, foi o terceiro do petista com um pontífice como chefe do Executivo brasileiro, cargo que ocupou entre 2003 e 2010 e, novamente, desde janeiro de 2023.

No período, o petista conviveu com três lideranças na igreja católica:

— João Paulo II, pontífice de 1978 a 2005;

— Bento XVI, pontífice de 2005 a 2013;

— Francisco, pontífice de 2013 a 2025;

— Leão XIV, desde maio.

O mandatário esteve com Bento XVI duas vezes. Uma na visita do pontífice ao Brasil, em 2007, e outra na residência papal, em novembro de 2008.

Encontro de Lula com Leão XIV é 3º do petista como presidente com Papa

Reprodução/Acervo da Presidência

Lula esteve com Francisco ainda nos primeiros meses de seu terceiro e atual mandato. Ortodoxo na discussão de temas como a homossexualidade, o aborto e os métodos contraceptivos na Argentina, que registrou progresso no campo dos costumes sob as gestões de Néstor e Christina Kirchner, o pontífice teve um discurso de defesa da Justiça social e e se tornou uma liderança identificada com o campo progressista.

Na relação com o petista, chegou a questionar a Operação Lava Jato e enviar uma carta durante sua prisão; no velório do pontífice, o presidente o chamou de “líder religioso mais importante do primeiro quarto desse século”. No campo oposto, Jair Bolsonaro (PL) foi o único presidente brasileiro a não encontrar Francisco durante seu papado.

No Palácio do Planalto, Lula não teve um encontro oficial com João Paulo II. Ele encontrou o líder religioso em 1980, período em que teve a atuação como líder sindical proibida pelo regime militar brasileiro.

Conforme registrou o jornal O Globo na ocasião, Lula disse que “não era comum uma autoridade como o Papa receber alguém que fosse perseguido pelo regime militar”, ainda que o PT tivesse uma relação histórica com a comunidade católica brasileira. O petista voltou a se encontrar com o pontífice em Roma em 1989, quando concorreu pela primeira vez a presidente.