Cuba, Venezuela e Nicarágua, países não convidados pelos Estados Unidos para a próxima Cúpula das Américas, vão se reunir na sexta-feira (27) em Havana no mais alto nível na Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), informou a Chancelaria cubana nesta terça-feira (24).

“Na sexta-feira, 27 de maio, acontecerá em Havana a XXI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo” da ALBA, segundo o Ministério das Relações Exteriores em um breve comunicado.

Durante o conclave, os líderes dos países que integram a ALBA abordarão “estratégias de desenvolvimento comuns e analisarão a situação política regional”.

Criada em 2004 como resposta à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), impulsionada por Washington, ALBA promove uma integração regional sem os Estados Unidos.

Atualmente é formado por Venezuela, país que promoveu o bloco sob a presidência do falecido Hugo Chávez, Cuba, Nicarágua, Bolívia, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis e Granada.

Washington não expressou a última palavra sobre quem estará na Cúpula das Américas, que acontecerá de 6 a 10 de junho em Los Angeles, Califórnia.

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No entanto, a administração do democrata Joe Biden, que desde janeiro destacou que o “compromisso com a democracia” seria “um fator-chave para definir quem é convidado e quem não é”, disse que não esperava a presença de Cuba, Nicarágua e Venezuela, já que “não respeitam” os princípios da Carta Democrática Interamericana em vigor desde 2001.

Os presidentes de nações como México, Bolívia, Guatemala, Honduras, assim como outras da Comunidade do Caribe, declararam que não comparecerão se todos os países da região não forem convidados.

Outras nações como Argentina e Chile pediram que não haja exclusões.

Em Caracas, o chanceler venezuelano Carlos Faria disse nesta terça-feira em sua conta do Twitter que se reuniu com o secretário executivo da ALBA, Sacha Llorenti.

O encontro foi “para revisar a agenda de trabalho conjunta com a intenção de continuar avançando por um caminho fortalecido que contribua para consolidar a soberania e autonomia dos povos da América Latina e Caribe”, afirmou.


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