Parece produção de ficção científica, mas a tecnologia dos aplicativos está cada vez mais avançando para caminhos nunca antes pensados.

Conversas entre pessoas e seus familiares e amigos mortos já foram retratadas milhares de vezes nas telas do cinema. Agora, com o domínio da internet atrelado à rotina humana, grandes corporações pretendem transformar essa experiência em realidade por meio da inteligência virtual.

Uma das empresas interessadas é a companhia funerária da Suécia Fenix, a qual revelou em entrevista ao site norte-americano Vice que tem um projeto para tornar a conversa entre vivos e mortos realidade.

O CEO da organização, Charlotte Runius, disse que o plano está parado no momento por falta de capital para investir.

“Queremos que, quando uma pessoa ficar idosa e solitária porque o cônjuge morreu, tenha a possibilidade de colocar óculos virtuais e ‘tomar café’ com seu ente querido que faleceu. A pessoa saberá que não é de verdade, será como um jogo de realidade aumentada”, explicou.

Já a Eternime pretende fazer um verdadeiro compilado de informações do morto para jogá-las em um sistema capaz de coletar todos dados digitais do indivíduo durante a vida, como locais visitados, curtidas, fotos, vídeos, além de informações de redes sociais e arquivos armazenados em smartphones.

“Dependendo dos fatos coletados, o avatar poderá oferecer qualquer coisa, desde dados biográficos básicos até ter um papo envolvente”, contou o fundador da Eternime, Marius Ursache.

Outra gigante da tecnologia que não pretende ficar de fora deste nicho é a Microsoft. O portal Protocol divulgou que a empresa cadastrou uma patente em dezembro de 2020 na qual retrata a possibilidade de simular um diálogo entre ser humano e a inteligência virtual. Assim como a Eternime, a empresa fundada por Bill Gates e Paul Allen deseja utilizar as informações armazenadas das pessoas para criar uma base de dados para o aplicativo.