A companhia aérea Cubana de Aviación teve que cancelar dois voos para a Argentina devido à recusa de empresas fornecedoras de combustível em abastecer as aeronaves, citando as sanções impostas pelos Estados Unidos, informou a imprensa estatal da ilha nesta quarta-feira (24).

“A Cubana de Aviación foi obrigada a cancelar os voos CU360/CU361 com datas de 23 e 24 de abril de 2024”, disse a empresa em um comunicado sem data, publicado nesta quarta-feira pela imprensa estatal cubana.

A companhia aérea atribuiu essa decisão à “abrupta recusa das empresas fornecedoras de combustível de aviação na República da Argentina em prestar serviço” aos aviões de seus “voos autorizados”.

A comunicação menciona “as medidas de bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”, ao apontar que as empresas argentinas também se recusaram a fornecer combustível para outras companhias aéreas contratadas para transportar passageiros da Cubana de Aviación.

A companhia aérea informou que os clientes que precisam retornar ao seu país “serão protegidos na medida do possível”, em companhias aéreas com conexões de Cuba para a Argentina. Aqueles que não iniciaram a viagem serão reembolsados integralmente.

As sanções dos Estados Unidos contra Cuba há mais de seis décadas incluem empresas que fazem negócios com Havana.

No entanto, é incomum que as empresas de combustíveis neguem combustível aos voos da Cubana de Aviación, que também tem rotas para Madri e Caracas, entre outros destinos.

A recusa de combustível ocorre quase um ano após a companhia aérea cubana retomar seus voos para a Argentina.

Essas sanções, intensificadas durante a presidência de Donald Trump (2017-2021), sem que seu sucessor Joe Biden as tenha flexibilizado muito, contribuíram em grande parte para aprofundar a pior crise econômica de Cuba em três décadas.

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