Em 2024, mais empresas deixaram a fase de exploração da inteligência artificial e começaram a empregar essa ferramentas no dia a dia. Essa foi uma das mensagens da Oracle no evento Data AI Forum, realizado nesta terça-feira (11) em São Paulo.

Citando dados do estudo Hype Cycle, do Gartner, Alexandre Maioral, presidente da Oracle no Brasil, afirmou que 2023 foi o ano da exploração, em relação a tecnologias de IA. Entre as empresas participantes do estudo, 70% estavam em modo de exploração da IA em março do ano passado. Em janeiro deste ano, esse valor já havia caído para 35%. Por outro lado, o número de empresas que já está em modo de produção aumentou de 4% para 21% no mesmo período. “Este é o momento de realmente realmente conhecer e entender e ver como isso vai impactar os nossos negócios”, disse.

Durante o evento, Maioral também detalhou a iniciativa chamada de Oracle Dedicated Region 25, voltada para levar recursos da nuvem para ambientes controlados pelos próprios clientes. “Por meio dessa iniciativa, que será lançada no ano que vem, todo cliente poderá ter uma nuvem dentro de suas instalações, começando com três racks de servidores”, disse.

Sem preferência de LLM

Enquanto grandes players de nuvem como Google e Microsoft investem fortunas em grandes modelos de linguagem (LLMs), a Oracle prefere um caminho diferente, observou Leandro Vieira, VP de IA e companhias high tech da Oracle para a América Latina. “Entendemos que, numa arquitetura de IA, seja generativa ou tradicional, o LLM é uma peça. Hoje é a peça mais relevante, mas já estamos vendo agentes e modelos SLM (Small Language Models). Por isso a Oracle foca em parcerias e deixa o cliente escolher qual a melhor solução para ele”, disse.

Vieira observou ainda que a corrida para adotar sempre a mais nova tecnologia pode trazer problemas. “Como fazer um ambiente preparado, por exemplo, para a mudança da versão do LLM? O ChatGPT já teve várias versões, e terá outras, e o mesmo vale para outros modelos. A cada hora vem uma novidade, mas há decisões mais importantes do que simplesmente correr atrás da tecnologia mais recente”, afirmou.