Empresas do agro na B3 avançam em metas de consumo sustentável de energia, diz pesquisa

Empresas do agro na B3 avançam em metas de consumo sustentável de energia, diz pesquisa

Por Rafaella Barros

(Reuters) – A proporção de empresas do agronegócio listadas na bolsa B3 que possuem metas de consumo sustentável de energia passou de 48% em 2021 para 57% este ano, mostrando avanços na agenda climática, mas uma certa estabilidade no que diz respeito à preservação da biodiversidade, segundo levantamento feito pela consultoria Luvi One com a fintech arara.io.

Segundo a pesquisa, entre essas metas estão incluídos o aumento do uso energia de fontes renováveis, como eólica e solar, e a redução das chamadas fontes fósseis, na direção de uma eletricidade com menos emissões, com menor impacto para o aquecimento global.

Empresas como Raízen, SLC Agrícola, BRF, JBS e M. Dias Branco estão entre as que definiram metas de energia, segundo o estudo.

“O estudo mostra que houve avanços na agenda climática no setor agropecuário brasileiro, mas ainda há uma maioria de empresas sem metas de preservação da biodiversidade”, disse o economista Felipe Gutterres, diretor da Luvi One e coordenador do levantamento.

A consultoria analisou relatórios de 23 empresas listadas na B3. Foram consideradas companhias que atuam tanto na agropecuária quanto na produção de alimentos processados, como açúcar, carnes e laticínios.

O levantamento mostrou ainda que houve um avanço de 17% no número de empresas do agronegócio com metas de impactos ambientais, passando de 12 em 2021 para 14 este ano.

Em relação a metas de preservação da biodiversidade, a proporção de empresas se manteve em 43%. No entanto, como mais companhias passaram a ser listadas na B3, a pesquisa mostrou um avanço de 11% em números absolutos.

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