O casal de jovens acusado de racismo após sugerir que um rapaz negro teria furtado uma bicicleta no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, foi demitido de seus respectivos empregos. As informações são do jornal O Globo.

Mariana Spinelli e Tomás Oliveira questionaram no último sábado (12) o instrutor de surfe Matheus Ribeiro da Cruz se a bicicleta elétrica na qual estava era dele mesmo, insinuando que o item pudesse ser a dela, que havia sido furtada.

Matheus chegou a gravar o fim da abordagem do casal e publicado em suas redes sociais, após ter precisado provar para eles que a bicicleta era sua, por meio de fotos antigas e até mesmo com a chave do cadeado.

O instrutor de surfe disse que o casal só desistiu de acusá-lo após testarem a chave que o casal possuía na tranca da bicicleta de Matheus. Ao ver que não abria, o casal pede desculpas e vai embora, aos gritos irritados de Matheus, que prestou depoimento nesta terça na 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado. Nesta quinta-feira (17), Mariana e Tomás devem prestar depoimento na delegacia.

Tomás Oliveira foi desligado da Papel Craft, onde trabalhava como designer, que foi cobrada nas redes sociais. A confirmação de sua demissão foi dada ao Globo nesta terça-feira (15) pela gerente da loja da marca na Gávea, mas a empresa não se posicionou oficialmente.

A Espaço Vibre, onde Mariana trabalhava, publicou um comunicado em seu Instagram informando o desligamento da professora e se solidarizando com Matheus, ressaltando qeu “racismo é crime e não vamos compactuar com isso”.

“Estamos consternados com o que tomamos conhecimento e tratando o assunto com toda gravidade que ele merece. Racismo é crime e não vamos compactuar com isso. A professorar envolvida no ato foi demitida e já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários”, diz a empresa na abertura da nota.

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