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Nem tudo é tragédia em meio à crise gerada pela Covid-19. Muitas empresas estão aumentando seu faturamento e abrindo novas vagas em seus quadros de funcionários. Essa onda de prosperidade está ligada aos novos hábitos de consumo que o vírus impôs à sociedade. A área de tecnologia, por exemplo, é uma delas. Sem poder sair de casa, as pessoas cada vez mais procuram resolver seus problemas através dos serviços online. “As empresas não estavam preparadas para que os seus funcionários trabalhassem em home office. Todos tiveram de se adaptar. Então, surgiu uma demanda por profissionais de tecnologia”, diz Ricardo Basaglia, diretor-geral da Michael Page, empresa de recrutamento de pessoal. Setores relacionados à saúde, comércio eletrônico, logística, segurança, indústria e transporte também estão ampliando suas equipes (acompanhe no quadro ao lado as áreas que mais estão contratando).

Diante do aumento das vendas online, a Via Varejo, por exemplo, detentora das marcas Ponto Frio, Casas Bahia e do site do Extra, acelerou a implementação de um projeto de digitalização de operações. Para isso, 100 pessoas já foram contratadas e outras 100 estão para chegar, todas na área de Tecnologia da Informação (TI). “São mais transações digitais e isso passa por desenvolvimento e análise de dados”, diz Rosi Purceti Balabram, diretora de Pessoas e Performance da Via Varejo.

Mudanças definitivas

Para a gerente de projetos de TI, Ana Paula de Araújo Kishimoto, o novo cenário trouxe oportunidades. Ela trabalhava em uma empresa de consultoria e quando menos esperava seu telefone tocou. Em maio ela passará a fazer parte do Itaú Unibanco, que abriu 200 vagas na crise. “Foi tudo muito rápido, em uma semana todo o processo seletivo aconteceu, remotamente”, diz ela. A indústria de alimentos também está aquecida. A JBS, maior produtora de proteína de origem animal do País, anunciou a abertura de 3 mil vagas para todos os setores em que atua. Agora, a grande questão é saber se esses novos hábitos de consumo e de oferta de empregos são passageiros ou se vieram para ficar. A resposta certa virá com o término da crise do coronavírus, mas uma coisa é certa: tanto as empresas quanto o mercado de trabalho não serão os mesmos a partir desta pandemia.

 

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