Um cidadão ítalo-venezuelano foi acusado ante um juiz da Flórida de lavar dinheiro nos Estados Unidos proveniente de contratos inflados, obtidos graças ao pagamento de propina a funcionários da estatal petroleira PDVSA, anunciou nesta quarta-feira a Justiça americana.

Natalino D’Amato, 61, residente na Venezuela, foi acusado de 11 crimes de lavagem de dinheiro e transações ilegais via contas bancárias de suas empresas no sul da Flórida entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017, informou o Departamento de Justiça. Nesse período, as empresas de D’Amato receberam em suas contas na Flórida cerca de 160 milhões de dólares de joint ventures da PDVSA com empresas estrangeiras na Faixa do Orinoco, região rica em petróleo.

Segundo a acusação, D’Amato usou parte do dinheiro recebido para subornar ao menos cinco funcionários venezuelanos que trabalhavam nas joint ventures Petrocedeño, Petropiar, Petromonagas, Sinovensa e Petromiranda, a maioria propriedade e controladas pela PDVSA, para obter contratos lucrativos a preços inflados, a fim de vender bens e serviços a essas empresas. A Justiça americana busca confiscar 45 milhões de dólares que estão nas contas de D’Amato na Flórida envolvidas nos supostos crimes.

Os Estados Unidos impuseram à Venezuela sanções financeiras que incluem um embargo petroleiro vigente desde abril de 2019, e oferecem 15 milhões de dólares de recompensa por informações que levem à captura do presidente Nicolás Maduro, que acusam de “narcoterrorismo”.

Em meio a sanções e má gestão, a PDVSA vive seus piores momentos desde a nacionalização do setor energético, há mais de quatro décadas.

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