Empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, morre aos 74 anos

A informação foi divulgada pela família por meio do site oficial da casa noturna

Oscar Maroni
Oscar Maroni Foto: Reprodução

O empresário Oscar Maroni, dono da casa noturna Bahamas Hotel Club, localizada na zona sul de São Paulo, morreu nesta quarta-feira, 31, aos 74 anos.

Por meio de nota publicada no site da boate, a família afirma que ele “viveu intensamente e foi fiel às suas convicções e à sua liberdade”. A causa da morte não foi divulgada.

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Figura polêmica, Oscar ficou conhecido por declarações provocativas e atritos frequentes com autoridades. Ao longo dos anos, o empresário se envolveu em diversos processos, especialmente relacionados ao funcionamento da boate, que chegou a ser fechada e reabriu diversas vezes por decisões judiciais.

Assim que inaugurou, o Bahamas ficou conhecido por ser frequentado por garotas de programa. No ano de 2007, Maroni foi preso por determinação da Justiça, mas acabou solto um mês depois. O empresário foi acusado de explorar a prostituição no local. A prostituição não é crime no Brasil, mas a exploração dela, sim.

Oscar Maroni sempre negou as acusações e alegou  que não podia impedir a entrada de garotas de programa no local.

Em 2011, o empresário foi condenado a 11 anos de prisão por explorar a prostituição na casa noturna. No ano de 201, o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) inocentou Maroni. No mesmo ano, o Bahamas reabriu após seis anos fechado.

Em um dos episódios, Maroni e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) tiveram um conflito ligado à atuação da administração municipal sobre os negócios do empresário na cidade.

A principal razão da disputa foi a interdição do Oscar’s Hotel, de propriedade do empresário, que era um prédio de 11 andares localizado perto da cabeceira do Aeroporto de Congonhas, próximo do clube Bahamas.

Depois de um acidente com um avião  da TAM em 2007, Kassab cassou o alvará do hotel com a alegação de que a proximidade da edificação poderia representar risco às aeronaves e à segurança do aeroporto.

O empresário reagiu contra a decisão do então prefeito desferindo ataques públicos.

No ano seguinte, Maroni saiu candidato a vereador na cidade de São Paulo pelo partido nanico PTdoB e recebeu 5.804 votos, não tendo sido eleito.

Na época, o empresário afirmou que sua candidatura tinha mais um caráter de protesto político e mídia do que uma real tentativa de chegar à Câmara Municipal de São Paulo.