A perícia da Polícia Técnico-Científica apontou nesta quinta-feira, 3, que o sangue encontrado dentro do carro do empresário Adalberto Amarilio Júlio — encontrado morto no Autódromo de Interlagos (SP) no dia 3 de junho — não é da esposa dele.
O corpo de Adalberto estava dentro de um buraco de 3 metros de profundidade sem calça nem tênis e não tinha marcas de agressão. A causa da morte, segundo a autópsia, foi asfixia.
O exame de DNA apontou a amostra encontrada no veículo tem o perfil genético do empresário e de uma mulher, ainda não identificada pelos peritos, de acordo com a TV Globo.
+ Empresário encontrado morto em Interlagos: o que falta saber sobre o caso
+ Empresário morto em Interlagos: polícia confirma presença de sêmen na vítima
As investigações são comandadas pelos DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o caso é tratado como assassinato, mas nenhum suspeito do crime foi identificado ou preso até o momento. A corporação apura se os seguranças do autódromo estariam envolvidos no ocorrido.
Dos cerca de 150 seguranças que atuaram no evento de motos do qual Adalberto participou, apenas 18 deles foram ouvidos pelos policiais. Mas nenhum foi apontado ou responsabilizado por qualquer participação no crime.
Apesar de o exame de DNA ter apontado um perfil genético feminino, isso não significa que alguma mulher esteja envolvida no caso, pois há possibilidade de que a amostra seja antiga e já estivesse no carro antes do crime.
O empresário Adalberto foi dado como desaparecido no dia 30 de maio depois de ir a um evento de motos no Autódromo de Interlagos. O corpo dele foi encontrado em 3 de junho dentro de um buraco por um funcionário de uma obra local.
Câmeras de segurança registraram os últimos momentos do empresário caminhando até o estacionamento do local.
Sangue do empresário
A polícia também aguarda pelo laudo do IML (Instituto Médico Legal), que analisa os resíduos encontrados embaixo das unhas do empresário. Isso poderia dar uma nova pista de quem poderia ter cometido o crime.
Além disso, os agentes examinam as gravações de nove câmeras de segurança do local de cinco dias.
Apesar de o laudo pericial ter apontado que não havia presença de drogas ou álcool no organismo de Adalberto, o amigo Rafael Aliste, que estava com o empresário no evento, disse que os dois consumiram maconha e cerveja.
Com os depoimentos e os laudos periciais, a polícia pretende montar um croqui em 3D, por meio da técnica conhecida como espelhamento, para reconstituir o possível trajeto do empresário entre o evento, o local onde seu carro estava estacionado e o buraco da obra em que o corpo foi encontrado.