A Polícia Civil de São Paulo concluiu a análise do sangue coletado no carro do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, morto no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, e aponta que amostras são dele e de uma mulher. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), o laudo do DNA realizado no sangue foi parcialmente concluído.
A investigação confirmou que parte do sangue é de Adalberto, mas ainda não aponta a identidade do perfil feminino. O resultado do exame será confrontado com o DNA da esposa do empresário, segundo apuração da CNN publicada nesta quinta-feira, 19.
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Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, após se despedir do amigo, em um evento de motos. Ele foi encontrado na manhã de 3 de junho, sem calça e sem sapatos, em pé dentro de um buraco em uma área em obras do autódromo. Ao lado da vítima estavam seu capacete e o celular.
No entanto, as circunstâncias da descoberta do corpo ainda levantam diversas inconsistências e perguntas que ainda estão sem respostas. Entre uma das questões destaca-se a identificação das manchas de sangue humano no carro do empresário.
A morte do empresário é investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após laudo confirmar que ele foi vítima de asfixia.
O que falta esclarecer?
A análise do material colhido sob as unhas da vítima pode confirmar se houve a briga, já que normalmente a reação da vítima causa arranhões no agressor. Também foi recolhido material genético – pelos e vestígios de pele – nas roupas e no corpo do empresário e os laudos estão em elaboração.
Outra questão que ainda precisa ser respondida é o paradeiro da calça jeans e dos tênis do empresário. Uma calça encontrada próxima ao local não foi reconhecida como sendo dele. É possível que as peças tenha sido levadas pelos agressores e, provavelmente, destruídas.
Exame toxicológico deu negativo?
O depoimento do amigo de Adalberto, Rafael, de que ele havia ingerido bebidas e usado maconha durante o evento foi contrariado pelo resultado do exame toxicológico, que deu negativo.
No entanto, o tempo decorrido entre a morte e a coleta do material, de cerca de três dias, pode ter eliminado os vestígios de álcool no sangue.
Relembre o caso
O empresário foi ao Autódromo de Interlagos, no dia 30 de maio, para participar de um evento com motos. Ele chegou por volta das 14h30, deixou o carro no estacionamento e acompanhou as corridas até às 17 horas. Em torno das 21h15, se despediu dizendo que iria para casa, pois jantaria com a esposa.
Segundo a investigação, ao se dirigir até o local onde estava seu carro – um bolsão ao lado do estacionamento -, ele teria cortado caminho por uma área restrita. Ele não chegou até o carro. Sua esposa denunciou o desaparecimento à polícia.
O corpo dele foi encontrado na manhã do dia 3 de junho por um trabalhador do autódromo dentro de um buraco.