A Polícia Civil convocou para depor novamente o amigo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, que foi encontrado morto após um evento de moto no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, no dia 3 de junho. A oitiva de Rafael Aliste ocorreu nesta quinta-feira, 12, e durou mais de quatro horas.
Rafael foi a última pessoa vista publicamente com o empresário, que desapareceu no dia 30 de maio. Por meio de nota enviada à IstoÉ, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) confirmou o segundo depoimento de Rafael e destacou que, nos próximos dias, familiares, testemunhas e funcionários do local devem ser ouvidos novamente.
“Outras diligências estão em curso, e a autoridade policial aguarda os resultados dos laudos médicos e técnicos para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Nenhuma hipótese é descartada pela investigação”, completou.
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Na primeira oitiva, Aliste relatou que Adalberto deixou o local por volta das 21h e foi para casa. Imagens do condomínio onde o empresário morava comprovam que ele chegou por volta das 23h.
Rafael contou que, no dia seguinte, voltou ao local com a esposa de Adalberto, Fernanda Dândalo, para procurá-lo, mas foi assaltado e perdeu o celular e a moto.
O amigo ainda destacou que, no evento, Adalberto fumou maconha e ingeriu bebidas alcoólicas e essas coisas o deixaram “alterado e bastante agitado”.
Segundo o Metrópoles, os investigadores do caso constataram inconsistências no primeiro depoimento de Rafael. De acordo com a Polícia Civil, o amigo deu suposições suspeitas sobre o caminho que Adalberto teria feito ao sair do evento em direção ao estacionamento do local.
Uma das hipóteses levadas é que Adalberto tenha morrido após receber um mata-leão aplicado por um segurança do evento, pois ele havia deixado o carro em uma área que não era o estacionamento oficial.
Investigação
O corpo de Adalbero foi encontrado sem calça e sem tênis. Há suspeita de que, se ele foi colocado no buraco, a pessoa tinha muito conhecimento sobre o local.
Exames realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) não identificaram fraturas ou sinais de trauma no corpo. No dia 7 de junho, a polícia encontrou marcas de sangue no carro do empresário, que foram encaminhadas para análise.
Em 9 de junho, três organizadores do evento de moto conversaram com a polícia. No dia seguinte, cinco seguranças que trabalham no local prestaram depoimento, e a corporação conseguiu mapear o possível trajeto de Adalberto.