O empresário turco Ali Sipahi, que tem cidadania brasileira, está preso desde 5 de abril na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando voltava de férias com a família. Sipahi é acusado pelo governo turco de pertencer a um grupo opositor ao presidente Recep Tayyip Erdogan chamando Hizmet. As informações são do G1.
O governo turco pede a extradição do empresário porque considera o Hizmet, grupo liderado pelo imã Fetullah Gulen, uma organização terrorista. A ONU, no entanto, discorda do governo da Turquia.
Autoridades turcas acusam o empresário de ter funções em um centro cultural ligado ao Hizmet e de depositar dinheiro em uma conta bancária vinculada ao grupo. Kamil Ergin, representante do Centro Cultural Brasil-Turquia, foi procurado pela TV Globo e disse que esse banco era comum. “Ele [Sipahi] tinha uma conta bancária e depositou algum dinheiro nessa conta, mas o governo vê isso como ação de ajuda para um grupo terrorista”, declarou.
A Turquia vive intensa crise política desde 2016, quando o presidente Erdogan sofreu uma tentativa frustrada de golpe. Fetullah Gulen, ex-aliado do líder turco, foi apontado como um dos responsáveis pelo movimento, mesmo vivendo nos Estados Unidos desde 1999, mas ele nega as acusações.