O empresário Daniel Noboa recebeu, nesta quarta-feira (15), as credenciais de presidente do Equador, em um ato, no qual anunciou que não terá tolerância com a corrupção nem com o crime organizado, o qual desencadeou uma onda de violência no país.

“Vamos tocar pontos sensíveis de grupos poderosos, grupos que estão enraizados na corrupção no Estado há décadas”, disse o político, que será empossado pela Assembleia Nacional em 23 de novembro.

Ele acrescentou que “haverá uma reação. Também haverá uma reação de organizações criminosas que não apoiaremos, nem vamos ter tolerância com suas ações”.

O Equador enfrenta uma guerra pelo poder do tráfico de drogas entre inúmeras gangues ligadas aos cartéis mexicanos e colombianos.

As organizações transformaram as prisões em centros de operações e campos de batalha, com confrontos que deixaram mais de 460 reclusos mortos desde fevereiro de 2021.

As disputas se estendem às ruas, onde corpos foram encontrados desmembrados e pendurados em pontes, ao estilo dos narcotraficantes mexicanos. Entre 2018 e 2022, os homicídios quadruplicaram no país, atingindo um recorde de 26 a cada 100.000 habitantes.

Depois de vencer o segundo turno de 15 de outubro com 51,83% dos votos válidos, contra 48,17% de Luisa González, herdeira política do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), Noboa recebeu a credencial presidencial da titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, em uma cerimônia realizada em Quito.

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