Quase três dezenas dos grupos empresariais mais influentes do Estados Unidos – representando varejistas, fabricantes de chips, fazendeiros e outros – estão pedindo ao governo do presidente norte-americano, Joe Biden, que reinicie as negociações comerciais com a China e corte as tarifas sobre as importações, dizendo que eles são um obstáculo para a economia americana.

As tarifas sobre produtos eletrônicos, vestuário e outros produtos chineses, que são pagas por importadores dos EUA, foram mantidas em parte para garantir que a China cumpra suas obrigações de acordo com o acordo comercial de fase 1 firmado em 2020.

Em uma carta endereçada à Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, e à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, os grupos empresariais afirmam que Pequim cumpriu “parâmetros e compromissos importantes” no acordo, incluindo a abertura de mercados para instituições financeiras dos EUA e redução de algumas barreiras regulatórias às exportações agrícolas dos EUA para a China.

“Uma agenda comercial centrada no trabalhador deve levar em conta os custos que as tarifas dos EUA e da China impõem aos americanos aqui e remover as tarifas que prejudicam os interesses dos EUA”, destaca a carta, referindo-se à política do governo de tornar os interesses dos trabalhadores uma prioridade.

Os grupos comerciais incluem algumas das associações de grandes empresas mais influentes de Washington, incluindo a Câmara de Comércio dos EUA, a Business Roundtable, a National Retail Federation, a American Farm Bureau Federation e a Semiconductor Industry Association.

A reação dos grupos comerciais ilustra uma frustração crescente por parte de um grupo de corporações americanas com o ritmo da revisão do governo sobre o comércio e a política econômica para a China. A casa Branca deu poucas dicas sobre se pretende tentar fazer cumprir o acordo comercial da Fase Um negociado pelo governo Trump ou se pretende estendê-lo.