O que ocasionou a queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas na sexta-feira (5) segue em investigação. Enquanto isso, algumas denúncias contra a empresa PEC Táxi Aéreo, responsável pela aeronave, vieram à tona.

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Denúncia de irregularidade

Segundo a Record TV, em março deste ano a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) havia recebido uma denúncia anônima sobre a empresa e, segundo a Agência, foram adotadas prontamente providências para a apuração.

Em junho, a PEC Táxi Aéreo foi alvo de uma nova denúncia, desta vez encaminhada à ANAC pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO). A informação foi confirmada ontem (6), em comunicado emitido pela Agência. 

A Anac informou que “em caso de constatação de indícios de irregularidade, será instaurado processo administrativo para apuração e adoção de providências administrativas pertinentes”.

Um dos objetos da denúncia foi o aquecimento dos para-brisas da aeronave. Segundo a nota da ANAC, ficou constatada, no entanto, a substituição da peça em maio deste ano. A Agência ainda declarou que o resultado da apuração foi comunicado ao MPF-GO seis dias após o recebimento da denúncia.

Por fim, a ANAC declarou a importância de aguardar o avanço das investigações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre as causas do acidente.

Denúncia de excesso de jornada de trabalho

Já o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) investiga se a PEC Táxi Aéreo desrespeitava a jornada de trabalho dos pilotos, que poderiam estar trabalhando cansados e sem local adequado para descanso da tripulação, segundo uma denúncia anônima em maio deste ano. Apesar da denúncia recebida, o órgão não é pode afirmar que as supostas irregularidades tenham ligação com o acidente de Marília Mendonça. As informações são do G1.

O inquérito para investigação dos fatos foi aberto pelo MPT. Em junho, a empresa respondeu o órgão em negativa da acusação. “Eles alegaram que o pouco que tinha era devido ao transporte de passageiros e medicamentos durante a pandemia de Covid-19”, disse o procurador-chefe Trabalho, Alpiniano do Prado Lopes.