A educação, no sentido de gentileza, cordialidade e formalidade, é uma das mais poderosas ferramentas de inclusão, aceitação e ascensão profissional que existe.

Não há formação acadêmica, habilidades extraordinárias em matemática, física quântica, línguas ou qualquer outro grande ativo intelectual que superem um cumprimento respeitoso, uma aproximação adequada, um comportamento atencioso e uma despedida sincera.

Não há também MBA em Harvard ou MIT que limpem a barra de um ‘e aí?’, na chegada, de um ‘véi’, durante, e de um ‘valeu’, na saída de uma entrevista de emprego. Muito menos de uma conversa entremeada por olhares constantes no celular, ou pior, sujeita a pausas para atender o telefone ou digitar alguma mensagem.

Acredite: uma leve e respeitosa inclinação ao cumprimentar alguém mais velho, vale mais do que um sapato de cromo alemão ou um Louboutin. Um ‘com licença’ ao sentar-se, vale mais do que a gravata ou o lenço Hermès. A atenção incondicional ao seu interlocutor trará mais respeito que a caneta Montblanc, a bolsa Chanel ou o Rolex à mostra.

Entenda: aparência, sem conteúdo, é como uma caixa de joias vazia; grife, sem glamour, vale tanto quanto promessa de político, e palavras sem sentido não impressionam; cansam.

Mais importante: jamais deixe de olhar nos olhos de quem você está conversando, por mais simples que seja seu interlocutor, por mais chata que seja a prosa, por mais desinteressado que esteja no assunto, por mais preocupações que tenha no momento.

Eu lhe garanto: não há nada mais constrangedor do que falar com as paredes, que é o que sentimos quando falamos com alguém, e este alguém está assistindo à TV, olhando para o computador ou brincando com o smartphone.

Por favor, crianças: sigam estes humildes conselhos e tornem o dia a dia profissional de vocês – e o nosso (dos velhos dinossauros) – um pouco menos irritante e mais produtivo.

Sucesso!