PARIS, 13 NOV (ANSA) – Um estudo científico publicado nesta quinta-feira (13) revelou que as emissões globais de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis devem atingir um novo recorde em 2025.
Divulgado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o relatório Global Carbon Project, elaborado por 130 cientistas internacionais, reforça as dificuldades em limitar o aquecimento global a menos de 1,5 °C.
De acordo com a pesquisa, as emissões de CO? geradas pelo uso de carvão, petróleo e gás natural devem crescer 1,1% em relação ao ano anterior, totalizando 38,1 bilhões de toneladas.
“Isso é superior ao aumento médio anual dos últimos 10 anos, que foi de 0,8%”, destaca o estudo, indicando que as emissões atuais são 10% maiores às registradas em 2015 – ano da assinatura do Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aquecimento global abaixo de 2 °C, preferencialmente em 1,5 °C, em comparação ao período pré-industrial.
Considerado uma das principais referências mundiais em ação climática, o relatório estima que restam cerca de 170 bilhões de toneladas de CO? no chamado “orçamento de carbono” disponível para limitar o aquecimento global dentro da meta de 1,5 °C.
Os especialistas observam que o aumento das emissões em 2025 deve ocorrer em todas as principais fontes de energia: carvão (0,8%), petróleo (1%) e gás natural (1,3%).
Por fim, os cientistas alertam que, com o ritmo atual de emissões, as metas climáticas internacionais se tornam praticamente inalcançáveis. (ANSA).