O número dois da diplomacia americana, Stephen Biegun, que visitou Seul nesta quarta-feira, disse que Washington não quis um encontro com autoridades norte-coreanas, no momento em que as negociações entre os países estão paralisadas.

Biegun, que também é emissário americano para a Coreia do Norte, está em uma viagem de quatro dias entre Seul e Tóquio para falar sobre a desnuclearização de Pyongyang.

A visita provocou rumores em Seul sobre a vontade de Washington de reativar as relações diplomáticas com Pyongyang antes da eleição presidencial americana de 3 de novembro, apesar do Norte ter afirmado diversas vezes que não precisa negociar com os Estados Unidos.

“Li comentários na imprensa dizendo que os norte-coreanos não estão preparados para uma reunião durante esta visita”, disse Biegun à imprensa após uma reunião com seu colega sul-coreano, Lee Do-hoon.

“É estranho porque não solicitamos uma reunião com os norte-coreanos”, afirmou.

As negociações sobre a desnuclearização da Coreia do Norte estão paralisadas desde o fracasso da segunda reunião entre o líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente americano Donald Trump, em fevereiro de 2019 em Hanói.

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O fracasso foi motivado pela divergência entre as partes sobre as concessões que a Coreia do Norte precisa fazer para obter a redução da sanções internacionais por seus programas nuclear e balístico, proibidos pela ONU.

Em dezembro, Kim declarou o fim da moratória sobre o testes de mísseis balísticos de longo alcance.

Em várias ocasiões Pyongyang afirmou que não desejava continuar com as negociações enquanto Washington não renunciar a sua política “hostil”.

Biegun afirmou que que os norte-coreanos “nos encontrarão prontos” a qualquer momento para voltar às negociações.


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