27/10/2017 - 11:06
A Embraer obteve um lucro líquido de R$ 351 milhões (US$ 110 milhões) no terceiro trimestre, contra uma perda de R$ 111,4 milhões (US$ 33,7 milhões) no mesmo período do ano passado, em linha com uma recuperação de resultados experimentada ao longo de 2017.
A receita da companhia foi de US$ 1,310 bilhão no terceiro trimestre, uma queda interanual de 13,5% devido “a uma maior quantidade de entregas no segmento de aviões comerciais e executivos, junto com um declive de 12% no faturamento da área de defesa e segurança, em comparação com o mesmo período de 2016”.
Durante o período avaliado, o terceiro construtor global de aviões, atrás da americana Boeing e da europeia Airbus, entregou 25 aeronaves comerciais e 20 jatos executivos, abaixo dos 29 e 25, respectivamente, do mesmo período de 2016.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de US$ 139,8 milhões de dólares no terceiro trimestre anterior, contra 54,3 milhões no mesmo período de 2016.
As maiores receitas da companhia foram registradas na área da aviação comercial, com US$ 846,1 milhões de dólares, representando 64,6% do faturamento líquido. Em terceiro lugar, ficou a aviação executiva, que no segundo trimestre foi responsável por 20,3% da receita no terceiro trimestre, enquanto que o setor de defesa contribuiu com 14,5% do total.
A Embraer reportou uma carteira de pedidos pendentes de US$ 18,8 bilhões de dólares no fechamento do terceiro trimestre, com um aumento de 300 milhões em relação ao segundo trimestre do ano em curso.
Em 2016, a Embraer lançou um programa de cortes de custos recorrentes e completou um plano de aposentadoria voluntária para ajustar o orçamento em todas as áreas da companhia e assim melhorar suas margens deste ano.
No consolidado dos primeiros nove meses de 2017, a receita da Embraer foi de US$ 4,106 bilhões contra os US$ 4,189 bilhões no mesmo período de 2016. Durante esse período, ocorreu uma valorização do real frente à moeda americana.
A empresa, no entanto, avalia que 2018 será “um ano de transição devido à entrada sem serviço do primeiro modelo E2, junto com os E190 e E2, que se combinará com um mercado ainda opaco para os aviões executivos e os de defesa”.