11/12/2024 - 18:22
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará por uma nova cirurgia para interromper o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro. O procedimento, chamado embolização da artéria meníngea média, está agendado para as 10h de quinta-feira, 12
A cirurgia é considerada pouco invasiva e de resultados rápidos. A técnica é, geralmente, utilizada no tratamenyo de hematomas subdurais crônicos – condição na qual o sangue se acumula pontualmente no tecido protetor.
Em boletim médico, o hospital Sírio Libanês, onde o petista está internado em São Paulo, informou que ele “fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular”.
Este será a segunda cirurgia à qual o presidente será submetido em menos de uma semana. Na segunda-feira, 9, ele foi internado às pressas e passou por uma trepanação para drenar um hematoma no cérebro.
Como é a cirurgia?
O procedimento é comumente realizado no pós-operatório de cirurgias neurológicas, visando prevenir ou tratar hematomas que se formam entre o crânio e o cérebro. Esse tratamento é indicado em casos de trauma craniano, quando pequenos vasos sanguíneos se rompem, resultando em sintomas de intensidade leve a moderada. A intervenção médica age diretamente no controle do sangramento, isolando o vaso responsável, o que reduz significativamente os riscos associados à condição.
+Lula fará segunda cirurgia para impedir novo sangramento
A cirurgia é realizada em três etapas principais: anestesia, cateterismo e embolização. O sedativo é aplicado localmente para que o paciente não sinta desconforto durante a execução do corte, além do uso do contraste que age como identificador e amplificador dos vasos.
Na primeira parte da operação, um cateter é introduzido em uma artéria da virilha ou do braço se conectando a artéria meníngea média no crânio, alcançando o alvo da operação – a etapa é guiada por imagens de raio-X para o processo se torne eficaz e rápido.
Por fim, a embolização acontece pela injeção de uma substância que mistura partículas de cola médica e outros fluídos, para que o sangramento seja interrompido. O último passo do procedimento bloqueia totalmente o suprimento do hematoma, auxiliando na recuperação e estabilização do sangramento neurológico.
A recuperação normalmente é rápida e indolor. O paciente é monitorado por algumas horas ou dias nos hospital, para que o caso não evolua ou sofra modificações em sua estabilidade e, em poucos dias, é liberado, seguindo orientações e acompanhamento médico.