A Embaixada do Brasil fechou as portas em Madri, na Espanha, após um surto de Covid-19 em uma festa no local. Um dos funcionários, que estava infectado pela doença, participou de uma recepção na residência oficial do embaixador, que reuniu mais de 30 pessoas.
“Ele contou que estava doente apenas no dia seguinte à festa, o que causou pânico”, contou uma fonte diplomática ao UOL.
De acordo com testemunhas, o embaixador, Pompeu Andreucci Neto, convocou diplomatas por um motivo corriqueiro: a despedida de um colega, transferido para outro posto.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que um servidor testou positivo no dia 23 e entrou imediatamente em quarentena. “De modo a resguardar os demais servidores e contratados locais da embaixada, o posto passou para regime de trabalho remoto a partir da segunda-feira, 25 de janeiro, e deverá assim permanecer até o dia 8 de fevereiro”, informou.
Segundo o Itamaraty, “ficarão preservadas as atividades essenciais da embaixada nesse período”. O prédio passará por um “processo higienização”.
José Luis Martinez-Almeida, prefeito da capital espanhola, deu uma dura declaração ao jornal espanhol El País, no dia 22 de janeiro, criticando a realização de reuniões durante a segunda onda da pandemia. “Chegou a hora de dizer chega às festas ilegais” porque “a cidade de Madrid não merece ver o seu nome sujo por este bando de irresponsáveis”.