Em visita a Kiev, Biden anuncia ajuda de US$ 500 milhões

ROMA, 20 FEV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez nesta segunda-feira (20) uma visita surpresa a Kiev, capital da Ucrânia, às vésperas do primeiro aniversário da invasão russa, em 24 de fevereiro.   

Uma viagem à Polônia, país vizinho à Ucrânia, estava agendada para esta segunda, mas a etapa em Kiev não havia sido anunciada pela Casa Branca.   

O presidente americano foi recebido por seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e ambos caminharam pelas ruas da capital, apesar de um alarme aéreo em vigor em todo o país.   

“Um ano depois, Kiev e a Ucrânia estão de pé. A democracia resiste”, afirmou Biden, que ainda anunciou mais US$ 500 milhões em ajudas ao país europeu, incluindo munições de artilharia e radares de vigilância aérea.   

“Mais para frente nesta semana, anunciaremos novas sanções contra a elite e as empresas que tentam abastecer a máquina de guerra russa”, ressaltou o presidente americano.   

Segundo Biden, o apoio militar, econômico e humanitário “sem precedentes” do Ocidente à Ucrânia “vai continuar”. “A Rússia queria cancelar a Ucrânia dos mapas, mas está fracassando. O Exército russo está perdendo territórios ocupados, os soldados estão fugindo da própria Rússia. Nós permanecemos unidos, a Otan permaneceu unida, Putin não nos dividiu”, disse.   

Zelensky, por sua vez, afirmou que a reunião serviu para discutir o fornecimento de armas de longo alcance. “Essa visita nos deixa mais perto da vitória. É a visita mais importante em toda a história das relações entre a Ucrânia e os EUA”, acrescentou.   

Para o presidente ucraniano, a Rússia não tem “nenhuma chance de vencer a guerra” e 2023 será o “ano da vitória”.   

Biden decolou de Washington para a Polônia na madrugada do último domingo (19) e depois seguiu para Kiev de trem, em um trajeto realizado sob sigilo por motivos de segurança. (ANSA).