Em vídeo, Carlos Jordy se diz vítima de ‘perseguição implacável’

Deputado federal é investigado por desvio de cotas parlamentares

Deputado Carlos Jordy
Deputado Carlos Jordy Foto: Câmara dos Deputados

Os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL, são alvos de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 19. Os dois são investigados por desvio de cotas parlamentares. Por meio das redes sociais, Carlos Jordy classificou de ‘perseguição implacável’.

O parlamentar lamentou a realização das buscas novamente no dia do aniversário da filha e ressaltou que a empresa investigada é usada por ele para aluguel de veículos.

“A alegação deles é tosca. Eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos dessa empresa. Dizendo que as outras empresas têm mais de 20 veículos, 20 veículos na sua frota, e a Harue Locação de Veículos tem apenas cinco veículos, por isso seria uma empresa de fachada”, alegou Jordy.

 

Quem é Carlos Jordy?

Atualmente, o parlamentar cumpre o segundo mandato de deputado federal, tendo sido reeleito pelas urnas em 2022, com 114.587 votos, no total, menos do que havia recebido em 2018, quando a contagem foi de 204.048. Antes de ir à Brasília, o político foi vereador da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, Carlos Jordy soma mais de um milhão de seguidores e divulga conteúdo contrário à atual gestão do PT, à esquerda, e também ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em 2021, o parlamentar chamou o ministro Alexandre de Moraes de “vagabundo”, após a prisão do ex-deputado Daniel Silveira.

O político já foi condenado a pagar uma indenização ao influenciador Felipe Neto, após o associar ao ataque à escola de Suzano que ocorreu em 2019. Em 2022, Carlos Jordy entrou em polêmica com Carlos Bolsonaro (PL-RJ), após exigir mais esforço da família para eleger parlamentares no Senado e na Câmara dos Deputados.

Durante os atos golpistas de 8 de janeiro, em que Carlos Jordy é acusado de incitar as manifestações, o parlamentar afirmou que a empreitada só poderia ser obra de “esquerdistas infiltrados”, e que as manifestações de direita sempre agiram com pacifismo e civilidade.

Na CPMI do 8 de janeiro, Rodrigo Duarte Bastos, um assessor de Carlos Jordy, envolveu-se em um tumulto após a aprovação do relatório que pedia a responsabilização criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 60 pessoas. Durante a confusão, o funcionário do parlamentar derrubou um celular na cabeça da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), após levar um tapa do deputado Rogério Correia (PT-MG).

Na ocasião, o parlamentar afirmou que iria demitir o funcionário, mas voltou atrás após afirmar que, por meio de imagens, foi possível definir que o homem não agrediu ninguém. Rodrigo Duarte Bastos já foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por espancar um pastor. O assessor também é acusado de ter atropelado o cachorro da própria vizinha.