Em meio a uma maratona de jogos nesta retomada do Paulistão, o Santos vai enfrentar a Ponte Preta nesta sexta-feira, às 20 horas, pela quinta rodada do Estadual, em clima de teste. No estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, o técnico Ariel Holan deve mandar a campo o que tem de melhor para o time ganhar corpo e entrosamento, visando a estreia na fase de grupos da Copa Libertadores, na terça.

Ao mesmo tempo, o treinador espera iniciar a reação santista no Paulistão, no qual o time tem apenas uma vitória em cinco jogos. O triunfo sobre o Ituano aconteceu em março, antes da paralisação do campeonato. Na retomada, o Santos empatou sem gols com o Botafogo, em casa. No Grupo D, a equipe santista tem seis pontos e está em segundo lugar, atrás do Mirassol, com oito. Somente os dois primeiros colocados avançam às quartas de final.

Para voltar a vencer no Estadual, o Santos deve ter força quase máxima nesta sexta. Em relação ao time que empatou com o San Lorenzo por 2 a 2, na noite de terça, Holan deve fazer três mudanças. Ivonei, que voltará ao time após se recuperar de lesão, completará o meio-campo. Assim, Felipe Jonatan vai voltar a sua posição de ofício, a lateral-esquerda, após atuar no lugar do meio-campista. E Pará, que jogou no lado esquerdo, vai retornar para o direito – Madson havia atuado nesta posição na terça.

Holan deve contar com todos os titulares nesta sexta porque pretende dar folga a alguns deles no último jogo antes da estreia na fase de grupos da Libertadores. No domingo, vai receber a Inter de Limeira. A escolha dos titulares se tornou um desafio para Holan com a retomada do Paulistão porque o calendário se tornou uma “maratona”.

Serão cinco jogos em apenas dez dias, média de um jogo a cada 48 horas. No total, serão 13 jogos em 40 dias, em rodadas do Estadual e da competição sul-americana. Apesar de estar no início da temporada, o desgaste físico já se tornou uma preocupação para o treinador, que vem de jogos difíceis contra Deportivo Lara e San Lorenzo, pelo torneio internacional, nas últimas semanas.

Enquanto administra o cansaço e tenta superar a dura sequência de jogos, Holan tem como principal missão encorpar a equipe santista, que ainda não convenceu em 2021. São três empates nos últimos quatro jogos. O pior momento até agora foi a goleada do São Paulo, por 4 a 0, ainda em março. Exatamente um mês depois, o Santos bateu o San Lorenzo por 3 a 1, mostrando evolução. Falta agora exibir regularidade.

PONTE PRETA – Em situação pior que a do Santos está a equipe de Campinas, apenas a terceira colocada no Grupo B, com quatro pontos – ainda tem jogos a menos que os rivais da chave. “Precisamos pontuar o quanto antes. Esse jogo contra o Santos é muito importante. A dificuldade vai ser enorme independente se eles vierem com time misto ou titular. Mas dentro de casa precisamos dos três pontos para encurtar essa distância”, diz o técnico Fábio Moreno.

O treinador teve a semana livre de trabalho depois da eliminação precoce na segunda fase da Copa do Brasil, para o Criciúma, na última quinta-feira. “Temos a mesma confiança de antes nos atletas. Não vai ser uma partida que deixamos a desejar que vamos acreditar no nosso potencial, no que a gente vinha fazendo. Temos a consciência de deixamos a desejar, mas a confiança no trabalho não se abala. Esperamos dar a resposta amanhã (sexta) para que a confiança volte”, afirmou Moreno.

Em relação ao time que iniciou contra o Criciúma, o treinador vai realizar apenas uma mudança, com a entrada de Niltinho no lugar de Pedrinho no ataque. O zagueiro Ednei, o lateral-esquerdo Jean Carlos e o atacante Papa Faye são desfalques certos, enquanto o meia Vini Locatelli é dúvida.