O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, nesta sexta-feira, afirmando que irá trazer paz para a bagunça que ele herdou no Oriente Médio antes de jogar golfe com Tiger Woods e Dustin Johnson.

Durante a ligação entre os dois líderes, o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que Trump teria afirmado que os EUA já não fornecem armas aos combatentes curdos sírios. Cavusoglu estava no escritório de Erdogan durante o telefonema. A Turquia considera que os combatentes curdos sírios, conhecidos pelas iniciais YPG, são terroristas devido à afiliação com rebeldes curdos na Turquia. Uma decisão dos EUA de armar os militantes colocou pressão nas relações entre os dois aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Trump declarou claramente que havia dado instruções claras e que o YPG não receberia mais armas e que esse absurdo deveria ter terminado há muito tempo”, disse Cavusoglu. A Casa Branca não respondeu imediatamente questões sobre as reivindicações do ministro turco.

O escritório de Erdogan comentou que os dois líderes discutiram a crise síria e outras questões regionais durante o telefonema nesta sexta-feira e que também falaram sobre os laços entre Turquia e EUA. A conversa ocorreu poucos dias depois que o presidente turco participou de um encontro trilateral com líderes russos e iranianos em Sochi, na Rússia, para promover um acordo pacífico na Síria. As relações entre os aliados da Otan – Turquia e EUA – estremeceram devido a uma série de questões, incluindo o apoio dos EUA aos combatentes curdos sírios, que Ancara considera terroristas devido aos vínculos com a proibição de rebeldes curdos em solo turco. Os líderes também pediram a outros países que providenciem ajuda humanitária e que restaurem a infraestrutura destruída pela guerra. Fonte: Associated Press.


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