Acompanhe em tempo real os últimos acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas.Um novo capítulo sem precedentes do conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas foi iniciado em 7 de outubro, quando terroristas do braço militar movimento palestino perpetraram ataques e atrocidades contra a população israelense, massacrando mais de 1.400 pessoas e sequestrando mais de uma centena.
Em resposta à ofensiva do Hamas, Israel declarou guerra ao grupo no dia seguinte: intensos e incessantes bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, já mataram cerca de 3 mil pessoas, a maioria civis, sendo 940 crianças e 1.032 mulheres, segundo autoridades locais.
Forças israelenses também impuseram um "cerco total" ao enclave palestino, impedindo a entrada de água, comida, energia e combustível. A medida e os bombardeios israelenses levaram a uma "catástrofe humanitária sem precedentes" em Gaza, segundo descreveu a ONU.
Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:
Em Tel Aviv, Biden lamenta ataque a hospital em Gaza
Olaf Scholz diz que abertura da fronteira entre Egito e Gaza deve ocorrer em breve
Centenas morrem em ataque a hospital em Gaza; Israelenses e palestinos trocam acusações
Scholz diz que abertura da fronteira entre Egito e Gaza deve ocorrer em breve
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, relatou avanços nos esforços políticos para o envio de ajuda humanitária aos civis na Faixa de Gaza.
Em reunião com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, no Cairo, Scholz disse esperar que a fronteira entre o país e o enclave palestino seja aberta em breve para o início das operações humanitárias.
"Os esforços dos Estados Unidos e da nossa parte, assim como os esforços de muitos outros, certamente contribuíram para o fato de que isso está agora iminente" disse o chanceler, ressaltando a necessidade do envio urgente de água, alimentos e medicamentos ao povo de Gaza.
Scholz observou ainda que a ONU e as demais agências humanitárias se consideram em condições de facilitar o envio de ajuda "sem que isso caia em mãos erradas".
Em postagem na rede social X, o líder alemão se disse horrorizado com o bombardeio ao hospital na cidade de Gaza e disse que é "fundamental a realização de uma investigação minuciosa" sobre o incidente.
rc (DPA, DW)
Biden culpa grupos palestinos por ataque a hospital
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira a Tel Aviv onde se se reuniu como primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O americano se disse "profundamente entristecido e revoltado com a explosão do hospital em Gaza" e endossou a versão israelense sobre o ocorrido. "Com base no que vimos, parece que isso foi feito pelo outro lado, não por vocês", disse Biden se referindo aoo Hamas e à Jihad Islâmica. "Mas, ainda há muita gente que não tem certeza disso", ponderou durante o encontro com Netanyahu.
Israel culpou militantes palestinos pelo bombardeio ao hospital que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, matou em torno de 200 a 300 pessoas. Autoridades israelenses afirmam ter provas de que um míssil lançado pelo grupo islamista Jihad Islâmica teria se desgovernado e atingido o local.
Biden disse ter conversado com Netanyahu sobre a adoção de medidas que permitam salvar as vidas dos palestinos que "são inocentes e foram pegos no meio disso tudo". "Temos que ter em mente que o Hamas não representa a totalidade do povo palestino e os trouxe apenas sofrimento", afirmou.
"Quero dizer ao povo de Israel que sua coragem, determinação a bravura são impressionantes", elogiou o presidente americano, se dizendo satisfeito em visitar Israel.
Netanyahu, por sua vez, pediu maior unidade global na luta contra o terrorismo. "Assim como o mundo civilizado se uniu para derrotar os nazistas e o 'Estado Islâmico', deve também se unir para derrotar o Hamas", afirmou, ao lado de Biden.
"Posso lhe assegurar, senhor presidente, que Israel está unido para derrotar o Hamas e remover essa terrível ameaça", concluiu.
rc/cn (AFP)
Biden cancela viagem à Jordânia
A Casa Branca emitiu um comunicado no qual afirma que o presidente americano, Joe Biden, não irá mais à Jordânia para se encontrar com autoridades do Oriente Médio nesta quarta-feira.
Biden iria se reunir com o rei Abdullah, da Jordânia, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Mais cedo, Abbas já havia cancelado o encontro devido ao bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira e deixou centenas de mortos e feridos.
Um funcionário da Casa Branca informou que Biden "enviou suas mais profundas condolências pelas vidas inocentes perdidas na explosão do hospital em Gaza, e desejou uma rápida recuperação aos feridos".
gb (ots)
Scholz tem de deixar avião devido a alarme de bombardeio
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e a delagação que o acompanhava em sua visita a Israel tiveram de abandonar subitamente o avião com o qual iriam decolar de Tel Aviv rumo ao Cairo, no Egito, na noite desta terça-feira.
Scholz foi levado de carro para um abrigo em um prédio próximo ao aeroporto, enquanto outros passageiros tiveram de se deitar na pista. Ao menos dois mísseis antiaéreos teriam sido disparados e puderam ser ouvidos no local. Alguns minutos depois do acidente, eles retornaram ao interior do avião.
gb (ots)
Turquia negocia liberação de reféns com o Hamas
Seguem as negociações com o grupo radical islâmico Hamas para a libertação de reféns de diversas nacionalidades, de acordo com informações divulgadas pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan.
Ancara está em tratativas com o braço político do Hamas, afirmou Fidan, em Beirute, citando "pedidos de vários países em relação à libertação de seus cidadãos".
Na semana passada, a Turquia disse que estava mantendo conversações para a libertação de civis que o Hamas sequestrou durante os ataques terroristas em território israelense, no dia 7 de outubro.
Israel afirma que militantes do Hamas sequestraram cerca de 200 pessoas, muitas delas com dupla nacionalidade.
gb (dpa, ots)
Autoridade Palestina cancela encontro com Joe Biden
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou uma reunião que teria nesta quarta-feira com o presidente dos EUA, Joe Biden, devido ao bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira e deixou centenas de mortos e feridos.
A reunião estava marcada para acontecer na Jordânia. O funcionário da Autoridade Palestina informou que Abbas teria de voltar para Ramallah, a sede do governo, na Cisjordânia, por causa do episódio ocorrido em Gaza.
gb (Reuters, ots)
Líderes e organizações condenam ataque a hospital em Gaza
O ataque aéreo que deixou centenas de mortos no Hospital Batista Al-Ahli, no centro da Cidade de Gaza, nesta terça-feira, tem gerado manifestações de líderes e organizações.
Palestinos acusam Israel de ter perpetrado o ataque. Militares israelenses negam envolvimento, dizendo que o incidente foi causado por um foguete palestino.
O porta-voz da Autoridade Nacional Palestina, Nabil Abu Rudeineh, classificou o episódio como "genocídio" e uma "catástrofe humanitária". Já o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, conceituou o ataque como um "crime horrível", dizendo que os países que apóiam Israel têm responsabilidade.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o ataque foi "o mais recente exemplo entre os ataques de Israel, desprovidos de valores humanos básicos". Na plataforma X (antigo Twitter), Erdogan escreveu: "Apelo a toda a humanidade para que sejam tomadas medidas para cessar essa brutalidade sem precedentes em Gaza".
Qatar, Jordânia e Irã também condenaram o ataque, com os iranianos dizendo em um comunicado que o bombardeio atingiu "pessoas indefesas e desarmadas" e que o episódio se caracteriza como "um crime selvagem de guerra".
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o ataque foi "horrível e absolutamente inaceitável".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou: "A OMS condena veementemente o ataque ao Hospital Al-Ahli. Apelamos à proteção imediata dos civis e aos cuidados de saúde, e à reversão das ordens de evacuação [da população civil do norte de Gaza, a pedido de Israel]", escreveu o diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também na plataforma X.
A organização Médicos Sem Fronteiras disse estar "horrorizada" e descreveu o ataque como "absolutamente inaceitável".
gb (Reuters, AFP, ots)
Bombardeio a hospital de Gaza deixa centenas de mortos
Autoridades da Faixa de Gaza afirmaram nesta terça-feira que centenas de pessoas morreram em um ataque aéreo ao Hospital Batista Al-Ahli, no centro da Cidade de Gaza.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a rede Al Jazeera divulgou que o complexo hospitalar foi atingido sem qualquer aviso prévio.
Palestinos acusam Israel de ter perpetrado o ataque. Militares israelenses negam envolvimento, dizendo que o incidente foi causado por um foguete palestino.
O número exato de potenciais vítimas ainda é incerto. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ligado ao Hamas, até 500 pessoas podem ter sido mortas no ataque ao complexo hospitalar. Um responsável da defesa civil de Gaza, por sua vez, disse à Al-Jazeera que mais de 300 pessoas morreram.
As Forças de Defesa de Israel(FDI) informaram que ainda não têm detalhes sobre o ocorrido. O porta-voz das forças israelenses, contra-almirante Daniel Hagari, disse que os relatos de um possível ataque aéreo israelense ainda estão sob análise: "Há muitos ataques aéreos, muitos foguetes falhos e muitas informações falsas do Hamas."
O episódio tem provocado críticas. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, um rival do Hamas, declarou luto de três dias nos territórios palestinos.
gb/jps (Reuters, AFP, ots)
Scholz presta solidariedade a Israel e Netanyahu compara Hamas aos nazistas
Em visita a Israel, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, classificou sua viagem a Tel Aviv como "uma visita a amigos em tempos difíceis" e reafirmou o apoio da Alemanha a Israel após o massacre de mais de mil israelenses por terroristas do Hamas.
"Como eu disse no Parlamento na semana passada, só pode haver um lugar para a Alemanha em tempos difíceis: ao lado de Israel. A segurança de Israel e de seus cidadãos é uma questão de Estado para a Alemanha. E o Parlamento alemão apoia essa posição por unanimidade."
Scholz também destacou o papel da Alemanha em relação à preservação da existência de Israel.
"É importante para mim dizer, aqui em Israel, nesta situação difícil: A história alemã, nossa responsabilidade após o Holocausto, significa que é nosso dever defender a existência do Estado de Israel.
"Condenamos com veemência os ataques sanguinários dos terroristas do Hamas. O terror brutal contra civis inocentes, a execução de cidadãos indefesos, o assassinato de bebês, o sequestro de mulheres, homens e crianças, a humilhação dos sobreviventes do Holocausto – isso faz nosso sangue gelar."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu Scholz pela visita e por sua "solidariedade com Israel nestes tempos difíceis" em uma coletiva de imprensa conjunta.
"Oitenta anos atrás, nosso povo experimentou a pior selvageria da história da humanidade com os crimes nazistas contra o povo judeu no solo da Alemanha e da Europa", disse Netanyahu. "Devo lhe dizer, meu amigo, que a selvageria que testemunhamos, perpetrada pelos assassinos do Hamas que saíram de Gaza, foram os piores crimes cometidos contra os judeus desde o Holocausto."
O primeiro-ministro israelense disse que "o Hamas são os novos nazistas, o Hamas é o novo Isis, em alguns casos pior do que o Isis, E assim como o mundo se uniu para derrotar os nazistas, assim como o mundo se uniu para derrotar o Isis, o mundo tem que se unir para apoiar Israel e derrotar o Hamas", disse o premiê, em referência ao grupo extremista islâmico Estado Islâmico, também conhecido como Isis, que aterrorizou a Síria e o Iraque nos anos 2010.
Situação em Gaza é "terrível", alerta Cruz Vermelha
Em entrevista à DW, a Cruz Vermelha fez um alerta nesta terça-feira (17/10) sobre a situação humanitária "terrível" na Faixa de Gaza, alvo de intensos ataques de Israel em retaliação à ofensiva brutal do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra a população israelense em 7 de outubro.
Os atentados do Hamas deixaram mais de 1.400 mortos em Israel, enquanto a retaliação israelense já matou mais de 2.750 pessoas em Gaza, controlada pelo grupo palestino desde 2007. Além de declarar guerra ao Hamas, Israel impôs um "cerco total" ao enclave, impossibilitando a entrada de água, comida, combustível e eletricidade.
À DW, Stephen Ryan, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse que as equipes de ajuda humanitária ajudam a população em Gaza "de toda maneira que podem".
"Temos mais de 100 colaboradores em Gaza, e eles estão fazendo o melhor que podem para ajudar as pessoas que podem com os recursos escassos que temos", afirmou Ryan.
"As vidas dos profissionais de saúde e humanitários estão em risco", continuou. "E isso significa que, para prestar assistência, é necessário que haja pausa nos combates, e nossas equipes precisam ser capazes de fazer seu trabalho."
Segundo ele, a Cruz Vermelha está em contato com todos os lados do conflito Israel-Hamas.
Ryan contou ainda que a situação em Gaza é "terrível", em meio ao acesso restrito de alimentos, água e eletricidade que tem afetado os palestinos deslocados no enclave.
"Vimos famílias, mulheres e idosos tentando caminhar para um lugar seguro, mas nenhum deles tem certeza de onde é seguro", disse. "Neste momento, muitas pessoas ainda estão dormindo ao relento, e ninguém sabe o que virá a seguir. As crianças estão com medo, e estamos vendo as pessoas em completa desordem. No momento, a situação é crítica."
Biden deverá se reunir com líderes israelense e palestino
A visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Oriente Médio deverá incluir reuniões com líderes de Israel, Jordânia, Egito e Palestina, segundo informações da agência de notícias Reuters. O democrata deixa Washington na noite desta terça-feira (17/10).
Biden deve passar parte da quarta-feira em Tel Aviv, onde se encontrará com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outras autoridades. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já fez duas viagens a Israel desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.
O líder americano deve voar em seguida para Amã, na Jordânia, para conversações sobre a aceleração da assistência humanitária a Gaza. Em Amã, ele deve se reunir com o rei Abdullah da Jordânia, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
"Ele deixará claro que queremos continuar a trabalhar com todos os nossos parceiros na região, incluindo Israel, para obter assistência humanitária e fornecer algum tipo de passagem segura para que civis deixem [Gaza]", disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, segundo a Reuters.
Scholz desembarca em Israel
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, desembarcou em Israel nesta terça-feira (17/10), tornando-se o primeiro líder estrangeiro a visitar o país desde que os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro mataram mais de 1.400 civis e soldados israelenses.
Em Israel, o chefe de governo alemão deve se reunir com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e com o presidente Isaac Herzog. Também tem encontros planejados com familiares de alemães mantidos reféns pelo Hamas em Gaza.
Após a visita, Scholz deverá seguir para o Egito.
Antes de embarcar para Israel, o líder alemão havia dito ser importante expressar sua "solidariedade a Israel de forma muito prática" por meio da visita, que será a mensagem mais forte até agora sobre o compromisso do governo alemão de apoiar o Estado israelense.
Ele afirmou ainda que, entre os tópicos das conversações com líderes israelenses, estão a organização de ajuda humanitária a Gaza e medidas para minimizar o alastramento do conflito para outras áreas, como ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.
A visita ocorre em meio a expectativas de um iminente ataque coordenado por terra, ar e mar das forças israelenses contra Gaza, como parte de sua ofensiva de retaliação aos atentados do Hamas de 7 de outubro. Os ataques israelenses já mataram mais de 2.750 pessoas em Gaza.
Israel diz que centenas de milhares seguem no norte de Gaza
Forças israelenses informaram nesta terça-feira (17/10) que centenas de milhares de palestinos ainda ocupam o norte da Faixa de Gaza, quatro dias depois de Israel ordenar a evacuação da região.
O alerta, emitido na última sexta-feira, dava um ultimato aos cerca de 1,1 milhão de habitantes do norte de Gaza para que deixassem suas casas e se dirigissem ao sul do enclave.
Tudo isso enquanto Israel se prepara para lançar uma ampla ofensiva terrestre contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em retaliação aos ataques brutais cometidos pela organzição em 7 de outubro.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Jonathan Conricus, disse acreditar que pouco mais de 600.000 pessoas tenham se movido para o sul de Gaza até a noite de segunda-feira.
"Ainda há algumas centenas de milhares que devem sair", completou.
Conricus também falou sobre as evacuações dentro do próprio território de Israel. Moradores das cidades israelenses próximas à Faixa de Gaza e ao Líbano foram obrigados a se retirar, em meio a ameaças não só do Hamas, mas também do Hisbolá.
"Há cerca de meio milhão de israelenses deslocados internamente neste momento", disse o porta-voz das forças israelenses.
Biden e Scholz anunciam visitas a Israel
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, deve ir a Israel nesta terça-feira (17/10), tornando-se o primeiro líder estrangeiro a visitar o país desde que os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro mataram mais de 1.400 civis e soldados israelenses.
Falando a repórteres, Scholz disse ser importante expressar sua "solidariedade a Israel de forma muito prática" por meio da visita, que será a mensagem mais forte até agora sobre o compromisso do governo alemão de apoiar o Estado israelense.
O chefe de governo alemão afirmou ainda que a agenda incluirá discussões sobre "questões práticas concretas" com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o gabinete de guerra de Israel.
Outros tópicos incluem a organização da ajuda humanitária a Gaza e medidas para minimizar o alastramento do conflito para outras áreas, como ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve viajar a Israel no dia seguinte. A visita de Biden foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta terça-feira, após extensas conversas com Netanyahu e o gabinete de guerra israelense.
Biden "reafirmará a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nosso compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken a repórteres após a reunião.
As visitas ocorrem em meio a expectativas de um iminente ataque coordenado por terra, ar e mar das forças israelenses contra Gaza, como parte de sua ofensiva de retaliação aos atentados do Hamas de 7 de outubro. Os ataques israelenses já mataram mais de 2.750 pessoas em Gaza.
ek (DW)
Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução apresentada pela Rússia
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu após a convocação feita pelo Brasil, que exerce a presidência temporária do colegiado, para votar em duas propostas de resolução sobre a crise entre Israel e o Hamas.
Uma das propostas, apresentada pelo Brasil, sugere a criação de "pausas humanitárias" no conflito para permitir envio de ajuda à Faixa de Gaza e condena "todas as formas de violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo". O texto também "rejeita e condena de maneira inequívoca os terríveis ataques terroristas do Hamas".
Logo após o início da sessão, a embaixadora dos Emirados Árabes Unidos pediu que os membros do Conselho se reunissem para consultas à portas fechadas, o que fez com que os 15 diplomatas deixassem a reunião. Vários representantes disseram que isso teria sido uma manobra para adiar a votação, especialmente a que tratava da resolução proposta pelo Brasil.
Mais tarde, após o reinício da sessão, iniciou-se a votação da proposta de resolução apresentada pela Rússia que pedia um cessar-fogo humanitário e também condenava os atos de terrorismo, sem no entanto, mencionar o Hamas. Os Estados Unidos consideraram que a proposta russa "dá proteção ao grupo terrorista que brutaliza civis inocentes" e se manifestaram contra o texto.
A proposta russa acabou sendo rejeitada pelo Conselho de Segurança com cinco votos a favor, quatro contra e seis abstenções. Para a aprovação são necessários ao menos nove votos favoráveis.
A resolução elaborada pelo Brasil não deve ser votada nesta segunda-feira.
rc (AP, ots)