Sobraram emoções, mas faltou gol em Cartagena no último teste da Seleção Brasileira feminina antes dos Jogos Olímpicos. Em jogo movimentado em Cartagena (ESP) nesta segunda-feira, as Guerreiras do Brasil ficaram no 0 a 0 com o Canadá.

Nesta sexta-feira, a técnica Pia Sundhage anunciará quais serão as 18 atletas que buscarão o ouro olímpico da Seleção feminina.

+ Para Facincani, Flamengo pode perder Diego Alves por ‘negociação desesperada’ com goleiro

+ Jardine envia pré-lista com 50 nomes para as Olimpíadas de Tóquio; veja os nomes

+ Olimpíadas pedem aos atletas para não transarem, mas vão distribuir 150 mil camisinhas

NA LUTA

A Seleção Brasileira teve dificuldades diante de um Canadá tão equilibrado. Em cruzamento rasteiro, Prince recebeu o passe, mas concluiu sem força e permitiu a defesa com tranquilidade de Bárbara.

Aos poucos, as comandadas de Pia Sundhage foram se soltando e se tiveram oportunidades em jogadas individuais. Bia Zaneratto atravessou como quis e arriscou da entrada da área, obrigando Sheridan a espalmar. Em seguida, Andressinha se desvencilhou da marcação e encheu o pé, mas a bola foi por cima do travessão.

OS CAMINHOS DE MARTA

Marta entrou em cena em uma finalização na qual foi travada pela defesa. Contudo, a camisa 10 viu no lado esquerdo um caminho promissor para as Guerreiras do Brasil. A Rainha foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Bia Zaneratto bater, só que a zaga travou.

OLHA O PERIGO…

O Canadá já havia levado perigo com Prince e em bola alçada de Lawrende na qual Quinn desviou e a bola bateu no ombro de Tamires. Mas, vendo que a Seleção Brasileira perdia fôlego, a equipe partiu para cima na reta final. Deanne Rose recebeu passe e Bárbara se atrapalhou na saída de bola, mas a camisa 6 errou na conclusão. Em seguida, Lawrence alçou falta para a área e, após nova hesitação da goleira, Rose arriscou por cobertura. Porém, a zaga brasileira cortou. Nos últimos minutos, Fleming encheu o pé. Bárbara esticou-se e defendeu a finalização.

‘VAMOS LIGAR, VAMOS LIGAR!’

As atletas do Canadá retornaram do intervalo com uma postura mais incisiva e deixaram a zaga brasileira em apuros. Após um cruzamento da direita, Erika não alcançou e a bola sobrou limpa para Quinn. Bárbara espalmou e a defesa brasileira rechaçou a jogada. Em seguida, Quinn teve nova oportunidade, mas desperdiçou rente à trave. As canadenses continuaram a cercar a área em cobranças de escanteio. As comandadas de Pia Sundhage chegaram a se cobrar: “vamos ligar, vamos ligar!”.

AO TIRAR O DEZ…

O Brasil retomou as rédeas da partida e lançou-se à frente novamente. Bia Zaneratto cruzou e Ludmilla não alcançou ao tentar cabeçada. Tamires bateu cruzado mas sua conclusão parou nas mãos de Sheridan. Marta arriscou o cruzamento e viu Sheridan defender outra vez. A equipe de Pia Sundhage rondava com perigo pelos lados e tinha momentos promissores em especial investidas de Marta e Bia Zaneratto. Contudo, sobravam erros na conclusão das jogadas.

FORTES EMOÇÕES

A reta final da partida testou os corações das Guerreiras do Brasil. Após bola alçada na área brasileira, Zadorsky surgiu para cabecear e viu a bola carimbar a trave. A Seleção Brasileira seguiu em frente e teve sua grande chance quatro minutos depois. Após tabelar com Duda, Júlia Bianchi finalizou e sua finalização triscou a trave. O empate persistiu em Cartagena. Passada a fase de testes, Pia Sundhage definirá quem são as melhores para defender a Seleção feminina na busca pelo ouro olímpico.